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NETO DIZ QUE SERÁ INDEPENDENTE NAS ELEIÇÕES DE 2022

Redação - 04/02/2021 11:00 - Atualizado 04/02/2021

Presidente nacional do DEM, o ex-prefeito soteropolitano ACM Neto reagiu à tentativa da oposição baiana de associá-lo ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Depois da eleição da presidência da Câmara dos Deputados, os opositores, sobretudo, os petistas disseram que Neto se aproximou do chefe do Palácio do Planalto para ter uma “boquinha no governo”. “A oposição não tem o que fazer e procura coisa para inventar. Quem me conhece, conhece a minha postura, sabe como vai ser a minha postura, na linha da independência. Independência não quer dizer ser oposição ao governo. É ser a favor no que for bom para o país, e ser contra no que vai prejudicar o país. Essa especulação vai se esvair rapidamente na medida que as pessoas perceberem que não negociei nem cargo nem espaço no governo. Eu sugiro que a oposição procure o que fazer”, disse o ex-prefeito, em entrevista exclusiva à Tribuna.

Relação com Maia: A relação entre o ex-presidente da câmara dos deputados Rodrigo Maia e o ex-prefeito de Salvador ACM Neto não está nos melhores dias. Segundo a coluna do Guilherme Amado da revista Época ambos não se falaram nos últimos dois dias, dizem aliados, o que reforça o temor de que Maia cumpra a ameaça de deixar o DEM. Segundo correligionários, Neto tem dito que Maia precisa de um tempo para abaixar a temperatura. A sigla teme que Maia seja passional em sua decisão de se desfiliar, e tenta demovê-lo da ideia. (Veja aqui)

Apoio a Bolsonaro: Neto, afirmou em entrevista para o jornal Folha de S.Paulo  que o partido considera a opção de apoiar o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) nas eleições de 2022. Apesar de dizer que o Democratas não se aliará a “nenhuma linha de extremismo”, Neto afirmou que não há a possibilidade de descartar o apoio ao presidente neste momento. “Nós não estaremos com os extremos. Você pergunta se eu descarto inteiramente a possibilidade de estar com Bolsonaro. Neste momento não posso fazer isso. Qual Bolsonaro vai ser? Os dos dois últimos anos que passaram? Não queremos. Agora, haverá um reposicionamento? Para a construção de algo mais amplo, que não fique limitado à direita? Não sei. Então, não posso responder agora. Portanto, seja Doria, Bolsonaro, Huck, Ciro, Mandetta, qualquer um dos nomes, vamos saber com o passar do tempo se vai ter mais ou menos chance”, afirmou.

Neto avaliou ainda as chances de impeachment de Bolsonaro após a eleição de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para as casas legislativas. Na sua opinião, não existe um momento ou questões jurídicas propícias para levar o assunto adiante e é preciso deixar o assunto para trás e focar no combate à pandemia. “Não acho que exista clima no país ou que existam questões jurídicas para isso. Espero que a postura dos presidentes seja de construção de pontes. Não tem que se esperar agora que sejam líderes de oposição. Como não podem ser líderes do governo”, pontuou.

Foto: divulgação

 

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