A relação entre o ex-presidente da câmara dos deputados Rodrigo Maia e o ex-prefeito de Salvador ACM Neto não está nos melhores dias. Segundo a coluna do Guilherme Amado da revista Época ambos não se falaram nos últimos dois dias, dizem aliados, o que reforça o temor de que Maia cumpra a ameaça de deixar o DEM. Segundo correligionários, Neto tem dito que Maia precisa de um tempo para abaixar a temperatura. A sigla teme que Maia seja passional em sua decisão de se desfiliar, e tenta demovê-lo da ideia. (Veja aqui)
Apoio : Neto, afirmou em entrevista para o jornal Folha de S.Paulo que o partido considera a opção de apoiar o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) nas eleições de 2022. Apesar de dizer que o Democratas não se aliará a “nenhuma linha de extremismo”, Neto afirmou que não há a possibilidade de descartar o apoio ao presidente neste momento. “Nós não estaremos com os extremos. Você pergunta se eu descarto inteiramente a possibilidade de estar com Bolsonaro. Neste momento não posso fazer isso. Qual Bolsonaro vai ser? Os dos dois últimos anos que passaram? Não queremos. Agora, haverá um reposicionamento? Para a construção de algo mais amplo, que não fique limitado à direita? Não sei. Então, não posso responder agora. Portanto, seja Doria, Bolsonaro, Huck, Ciro, Mandetta, qualquer um dos nomes, vamos saber com o passar do tempo se vai ter mais ou menos chance”, afirmou.
Neto avaliou ainda as chances de impeachment de Bolsonaro após a eleição de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para as casas legislativas. Na sua opinião, não existe um momento ou questões jurídicas propícias para levar o assunto adiante e é preciso deixar o assunto para trás e focar no combate à pandemia. “Não acho que exista clima no país ou que existam questões jurídicas para isso. Espero que a postura dos presidentes seja de construção de pontes. Não tem que se esperar agora que sejam líderes de oposição. Como não podem ser líderes do governo”, pontuou.
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