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SEGUNDA MUTAÇÃO É ACHADA EM VARIANTE DO COVID

Redação - 02/02/2021 14:05

A variante de coronavírus identificada no Reino Unido adquiriu espontaneamente uma segunda mutação “preocupante”, antes presente apenas nas variantes achadas na África do Sul e no Brasil, de acordo com documento publicado pelo governo britânico.

Essa segunda mutação, chamada E484K (e apelidada de Erick), foi encontrada durante estudo feito em 26 de janeiro, no qual foram analisadas 214.159 sequências genéticas da variante britânica, a B.1.1.7. “As informações preliminares sugerem mais de um evento de aquisição”, diz o relatório.

Mutações de vírus são comuns e esperadas, e a maioria delas é inócua ou até prejudicial ao vírus, mas algumas preocupam mais os cientistas porque elevam as condições de sobrevivência dos patógenos. É o caso da mutação Erick e da apelidada de Nelly (nome técnico N501Y), até então a única encontrada na B.1.1.7.

Tanto Nelly quanto Erick afetam a proteína conhecida como Spike (espícula), que facilita a entrada do patógeno na célula humana. Os nomes técnicos se referem às partes e posições do vírus afetadas pelas trocas. N501Y indica que, na posição de aminoácido 501, a asparagina (N) foi substituído por tirosina (Y). Em E484K, houve uma troca de glutamato por lisina na posição 484.

As duas mutações tornam o coronavírus mais contagioso, mas a Erick é “a que mais preocupa”, porque tem mostrado maior possibilidade de reduzir a eficácia das vacinas, segundo Simon Clarke, professor de microbiologia celular da Universidade de Reading.

Ensaios clínicos feitos pela Novavax e pela Johnson & Johnson mostraram que suas vacinas foram menos eficazes na África do Sul, em comparação com o Reino Unido ou os EUA: “Presume-se que seja devido ao alto nível de vírus que carrega essa mutação E484K”, afirmou Clarke.

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