O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) destinou R$ 3 bilhões para 250 deputados e 35 senadores aplicarem em obras. A eleições para a Câmara para o Senado vão acontecer na semana que vem e a medida foi vista como uma forma de compra de votos. “Bolsonaro está fazendo do governo um balcão de negócios na tentativa de comprar apoio ao seu candidato à presidência da Câmara”, reagiu o líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon. A informação foi reportada nesta quinta-feira 28, pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Dois candidatos são apoiados por Bolsonaro nas votações que ocorrem em nesta segunda-feira, 1º: Arthur Lira (Progressistas), na Câmara, e Rodrigo Pacheco (DEM), no Senado. Além dos recursos financeiros, o governo também oferece cargos para os parlamentares que se comprometerem a votar em Lira e Pacheco, segundo a reportagem. O dinheiro saiu do Ministério do Desenvolvimento Regional. A oferta foi feita no gabinete do ministro Luiz Eduardo Ramos, que comanda a Secretaria de Governo. Em planilha interna do controle de verbas, há nomes dos parlamentares contemplados com os recursos “extra orçamentários”, ou seja, repasses de valores que não são rastreáveis por mecanismos de transparência.
Os parlamentares, então, podem indicar os prefeitos para os quais pretendem destinar o repasse, sem que sejam creditados por isso, como ocorre com as emendas parlamentares às quais já têm direito.
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