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NOVA PESQUISA APONTA EXPECTATIVAS DOS EMPRESÁRIOS

Redação - 27/01/2021 14:25 - Atualizado 27/01/2021

A 4ª edição da pesquisa “Impacto dos Efeitos da Covid-19 nos Pequenos Negócios Baianos”, realizada pelo Sebrae Bahia com 580 empresários do estado, apontou as expectativas dos empreendedores para 2021. A entidade monitora o comportamento do público atendido a partir da declaração da pandemia provocada pelo novo Coronavírus.

O levantamento mostrou que um número importante de empreendedores de micro e pequeno porte foram surpreendidos com as medidas de isolamento social, sem que apresentassem reservas econômicas.

Quando questionados como estavam se planejando para uma situação futura indesejada, 32% dos 457 respondentes afirmaram que já planejam fazer uma poupança para situações futuras. Outros 30% consideram difícil esse planejamento, uma vez que possuem despesas muito elevadas. A alternativa adotada para 38% dos entrevistados foi a negociação com fornecedores e corte de despesas não essenciais.

Outro ponto abordado na pesquisa foi as novas formas de atuação para a comercialização de produtos e prestação de serviços. Os meios digitais, drive-thru, delivery e atendimento domiciliar lideram com 30% como as formas encontradas pelos empresários para manter o negócio funcionando durante o período.

A pesquisa mostrou ainda que 26% fizeram uso do auxílio emergencial como alternativa para reduzir o impacto no seu negócio e 22% não teve alternativas de obter renda, pois o empreendimento ficou completamente inviabilizado de se relacionar com a clientela.

Saúde financeira

Com a retomada das atividades econômicas, elevou de 23% para 51% os empresários que avaliaram a estabilidade no faturamento das empresas; reduziu de 71% para 35% a avaliação de declínio e ampliou de 7% para 14% os que consideraram que a receita aumentou, em relação à última pesquisa do Sebrae Bahia. Na etapa mais rigorosa do isolamento, o declínio variou, em média, 50%, enquanto na abertura, 46%.

Com a nova forma de consumir produtos e serviços imposta pelos protocolos e exigências governamentais, 66% dos entrevistados disseram que estão funcionando com mudanças por causa da crise. Os que já retornaram normalmente com as atividades somam 81%, contra 19% que fecharam ou suspenderam temporariamente as atividades.

Antes do isolamento social, a saúde financeira estava equilibrada para 65% dos entrevistados e apenas 22% afirmaram ter dívidas em atraso, postergadas ou, até mesmo, não pagas e fluxo de caixa desequilibrado (descompasso entre contas a pagar e receitas). Outros 13% disseram que, no período antes da pandemia, tinham as dívidas pagas em dia e o fluxo de caixa equilibrado.

Em relação à complementação financeira que acessou para atravessar o período mais rígido do isolamento social, 37% acessou ao auxílio emergencial do Governo Federal, 22% recorreram a empréstimos de familiares e amigos, 19% intensificou o uso do limite do cartão de crédito e/ou limite da conta bancária, 18% prorrogaram débitos junto a fornecedores, 10% buscaram linhas de financiamento governamentais e 4% fez uso de crédito não oficial.

A pesquisa

A pesquisa foi realizada com 580 empresários baianos, entre os dias 8 e 14 de dezembro de 2020, com margem de erro de 5%. O público masculino somou 53% e as mulheres representaram 47% do total. A idade média dos entrevistados foi de 43 anos, com maior prevalência a faixa etária de 36 a 45 anos.

O Comércio e Serviço foram os setores com maior participação (86%), seguido da Indústria (12%) e Agronegócios (2%). A maioria (30%) têm até 2 anos de atividade e 29% dos entrevistados atuam há mais de 10 anos.

Foto: ilustrativa

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