Os super-ricos já recuperam as perdas econômicas provocadas pela pandemia de coronavírus, de acordo com o estudo “O Vírus da Desigualdade” elaborado pela ONG Oxfam. O levantamento completo será divulgado nesta segunda-feira (25) como contraponto ao encontro de Davos do Fórum Econômico Mundial. De acordo com a Oxfam, a lista da Forbes em 18 de março — pouco depois de a OMS declarar a pandemia de coronavírus — incluía 2.095 bilionários com uma riqueza total de US$ 8,03 trilhões. Em 31 de dezembro, eram 2.357 bilionários com patrimônio de US$ 11,95 trilhões.
“Portanto, a riqueza de todos os bilionários presentes na lista da Forbes em dezembro aumentou em US$ 3,91 trilhões em relação a todos os bilionários que estavam na lista de março”, apontou a Oxfam. Num recorte mais detalhado, das 10 pessoas mais ricas do mundo, a ONG observou um crescimento do patrimônio durante a pandemia. Oabilhões.
A Oxfam estima que a desigualdade deve piorar em quase todos os países por causa da pandemia do coronavírus, o que, segundo a entidade, “é algo que acontece pela primeira vez desde que as desigualdades começaram a ser medidas há mais de 100 anos”. “A pandemia escancarou as desigualdades – no Brasil e no mundo. É revoltante ver um pequeno grupo de privilegiados acumular tanto em meio a uma das piores crises globais já ocorridas na história”, afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil. O Banco Mundial estima que pandemia pode jogar 100 milhões de pessoas na extrema pobreza.
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