Coronavírus, aulas suspensas ou ensino à distância. O ano de 2020 foi bastante turbulento para a educação e ainda vem provocando reflexos na vida de muitos estudantes. Nas vésperas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), entidades estudantis voltaram a pedir nova data para o exame e a Defensoria Pública da União pediu à Justiça o adiamento do certame, devido ao novo crescimento dos casos de covid-19 no país. Nesta terça-feira, 12, a Justiça Federal em São Paulo negou o pedido e o ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que as provas serão realizadas em 17 e 24 de janeiro, conforme o calendário.
Com as provas confirmadas, resta agora saber a melhor forma de comparecer ao exame sem correr riscos de ficar doente. O Enem é uma das provas nacionais mais importantes para ingresso no ensino superior, principalmente nas universidades públicas, e por isso, gera muita preocupação. Com a pandemia, os estudantes passaram por muitas adaptações em pouco tempo. Uma parte teve de se acostumar a estudar pela internet, mas muitos estão sem aulas até hoje. A falta de materiais adequados e de uma boa estrutura de estudos em casa também são fatores negativos. Isso sem contar com o psicológico, que precisa estar em dia para a prova, que é longa e exige resistência.
Para o candidato Rafael de Carvalho, de 17 anos, esta edição do Enem vai ser ainda mais desafiadora. Ele conta que teve dificuldades para se concentrar e se dedicar aos estudos à distância e que, agora, ainda tem mais um obstáculo a ser enfrentado. “O exame já gera muita pressão sobre o estudante e, para piorar, agora tem a pandemia. Além de me preocupar com a prova, vou precisar me preocupar em manter o distanciamento e usar máscara. Isso pode acabar prejudicando muitos candidatos”, acredita Rafael. O estudante, no entanto, garante que, além da caneta e do documento de identidade, seu kit-prova deste ano vai incluir o álcool em gel e uma máscara reserva.
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