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RUI REBATE CRÍTICAS DE BOLSONARO SOBRE FORD DEIXAR A BAHIA

Redação - 12/01/2021 19:25 - Atualizado 12/01/2021

O governador Rui Costa (PT) rebateu as críticas do presidente Bolsonaro (sem partido), nesta terça-feira (12) durante reunião com grupo de trabalho que tenta trazer uma nova fábrica para o local ocupado pela Ford.

Bolsonaro atacou Rui Costa, durante conversa com apoiadores, nesta terça, e disse que faltou “capacidade de se antecipar aos problemas”. “E deixar bem claro. A Ford ficou, por exemplo, na Bahia, que o governador está me criticando lá… Ficou por uma decisão do então senador Antônio Carlos Magalhães, o tal do ACM, que podia ter todos os defeitos do mundo, mas era uma pessoa amada na Bahia. E ele lutou, a Ford ficou lá. Agora, o governador, que tem senadores com ele, não teve a capacidade de se antecipar ao problema e buscar possíveis soluções”, disse o presidente.

Em tom de discordância com a fala do presidente, o governador Rui Costa comentou a crítica do gestor federal. “Recebi um telefone durante a tarde de um técnico do Ministério da Economia e vou retornar, mas eu não vi os trechos da declaração do presidente [Bolsonaro]. Acho que mais uma vez o governo erra em negar os fatos e realidade, ele já tem negado a ciência e agora nega a economia. Quero só reafirmar para o governo do Estado a Ford não solicitou nenhum novo incentivo e não tenho conhecimento que tenha solicitado mais incentivo ao governo federal e não acho que o que levou o fechamento tenha sido de um eventual um novo incentivo”, afirmou o petista.

Ainda de acordo com declaração do governador faltou uma política macro para Ford e outras empresas pesarem no Brasil como um país que vale investimentos. “Estamos falando uma situação macroeconômica que se torna inviável a produção industrial no Brasil, não só para Ford, mas ela vai se tonando inviável para vários segmentos industriais. Quanto mais composição de importação que os objetos fabricados tenham, mais vai ficando insustentável uma importação de produtos a R$ 6 o dólar. Nós estamos falando de variabilidade econômica financeira para indústria nacional, é disso que estamos falando, não de incentivos específicos e setoriais. Estamos falando de uma política macro econômica que não acontece no Brasil ao longo dos seis anos”, disse.

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