Em entrevista ao Jornal Tribuna da Bahia, o senador Otto Alencar atribuiu a vitória de Bruno Reis em Salvador a estratégia adotada pelo prefeito ACM Neto, que lançou seu vice combastante antecedência e foi construindo o nome dele aos poucos na capital. “O Bruno foi lançado candidato do prefeito ACM Neto ainda em março de 2017. Ou seja, o prefeito se reelegeu e lançou a sua candidatura. Todos sabiam que ele era o candidato. Foi lançado há praticamente três anos e meio antes da eleição de 2020. Então, ele ficou sozinho por esse período inteiro sem ter um nome do nosso grupo que pudesse pelo menos andar Salvador. Ele pôde andar por Salvador, como andou, e levou obras para a periferia. E na política municipal funcionam muito bem as obras que possam atender as pessoas próximas das suas residências. O governador Rui Costa fez obras importantes para Salvador, mas a Prefeitura fez obras que tiveram efeito político maior. Programas importantes foram desenvolvidos e tocados por Bruno Reis. Ele passou três anos sendo um candidato olímpico, fazendo campanha. Isso o aproximou muito das pessoas. Quando o governador Rui Costa se articulou para organizar as candidaturas, faltavam cerca de cinco meses da eleição. Os candidatos não eram tão conhecidos. Isso faz parte da estratégia que foi lançada e que deu certo para Bruno. Para nós da oposição, tivemos candidaturas lançadas recentemente. Para a política municipal, o eleitor tem que conhecer bem o candidato. Os benefícios de uma prefeitura chegam mais próximos aos cidadãos do que os programas executados pelo Governo do Estado. O prefeito [ACM Neto] o colocou como Primeiro-Ministro da Prefeitura. A estratégia funcionou”, disse.
Sobre a corrida eleitoral ele afirmou que não será um obstáculo para manter a aliança entre PSD, PT e PP na escolha de um nome para representar o grupo do governador Rui Costa (PT). “Nós temos um grupo unido e forte, que tem outros nomes colocados além do meu, que está colocado. Mas tem o nome do senador Jaques Wagner e tem também a pretensão do vice-governador João Leão. Então isso vai ser decidido em março de 2022”, avaliou, em entrevista à Tribuna. Sobre o suposto favoritismo de Wagner para ser o candidato escolhido, Otto é cauteloso. “O nome de Wagner está colocado. É um nome bom, capaz. Ele foi um bom governador. Fui o vice dele e o secretário de Infraestrutura. Mas eu não posso ser um oráculo para saber o que vai acontecer em março de 2022”, avalia. Sobre as eleições municipais, o presidente estadual do PSD na Bahia celebrou o resultado no interior. Em Salvador, todavia, ele afirma que o prefeito eleito Bruno Reis (DEM) acertou ao ser lançado candidato com antecedência. “Quando o governador Rui Costa se articulou para organizar as candidaturas, faltavam cerca de cinco meses para a eleição. Os candidatos não eram tão conhecidos. Isso faz parte da estratégia que foi lançada e que deu certo para Bruno. Para nós da oposição, tivemos candidaturas lançadas recentemente. Para a política municipal, o eleitor tem que conhecer bem o candidato”, pondera.
Foto: divulgação