A taxa de desocupação do país, no trimestre de agosto a outubro deste ano, ficou em 14,3%, 0,5 ponto percentual maior que a taxa verificada no trimestre de maio a julho, quando ficou em 13,8%. No mesmo trimestre de 2019 a taxa tinha sido de 11,6%, informou nesta terça-feira (29) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (Pnad Contínua).
A população desocupada somou 14,1 milhões de pessoas, um crescimento de 7,1% (mais 931 mil pessoas) frente ao trimestre anterior. Além disso, aumentou 13,7% (1,7 milhão de pessoas a mais) em relação ao mesmo trimestre de 2019.
A população ocupada, por sua vez, foi de 84,3 milhões de pessoas, uma alta de 2,8% (mais 2,3 milhões) frente ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo trimestre de 2019 caiu 10,4% (menos 9,8 milhões).
O nível de ocupação (48,0%) subiu 0,9 p.p. frente ao trimestre anterior e caiu 6,9 p.p. contra o mesmo trimestre de 2019. A taxa composta de subutilização (29,5%) caiu 0,7 p.p. em relação ao trimestre anterior (30,1%) e subiu 5,7 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2019 (23,8%). A população subutilizada (32,5 milhões de pessoas) não teve variação significativa frente ao trimestre anterior e subiu 20,0% (mais 5,4 milhões) contra o mesmo trimestre de 2019.
A população na força de trabalho (98,4 milhões de pessoas) subiu 3,4% (mais 3,2 milhões de pessoas) frente ao trimestre anterior e caiu 7,6% (menos 8,1 milhões) em relação ao mesmo trimestre de 2019. A população fora da força de trabalho (77,2 milhões) caiu 2,2% (menos 1,8 milhão de pessoas) ante o trimestre anterior e cresceu 19,0% (mais 12,3 milhões) frente ao mesmo trimestre de 2019.
A população desalentada (5,8 milhões) não teve variação significativa frente ao trimestre anterior e cresceu 25,0% (mais 1,2 milhão de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2019. O percentual de desalentados na população na força de trabalho ou desalentada (5,5%) ficou estável frente ao trimestre anterior e subiu 1,4 p.p. ante o mesmo trimestre de 2019.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada (29,8 milhões) no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) aumentou em 384 mil pessoas frente ao trimestre anterior, embora sem variação estatisticamente significativa, e caiu 10,4% (menos 3,4 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2019.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (9,5 milhões) aumentou 9,0% (mais 779 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e caiu 20,1% (menos 2,4 milhões) ante o mesmo trimestre de 2019. O número de trabalhadores por conta própria (22,5 milhões) subiu 4,9% (mais 1,1 milhão) contra o trimestre anterior e caiu 8,1% (menos 2,0 milhões de pessoas) frente ao mesmo período de 2019.
O número de trabalhadores domésticos (4,7 milhões de pessoas) não teve variação significativa frente ao trimestre anterior e caiu 25,5% (menos 1,6 milhão) ante o mesmo trimestre de 2019.
A taxa de informalidade chegou a 38,8% da população ocupada (ou 32,7 milhões de trabalhadores informais). No trimestre anterior, a taxa foi de 37,4% e, no mesmo trimestre de 2019, de 41,2%.
O rendimento médio real habitual (R$ 2.529) no trimestre terminado em outubro ficou estatisticamente estável frente ao trimestre anterior (R$ 2.568) e subiu 5,8% contra o mesmo trimestre de 2019 (R$ 2.391). A massa de rendimento real habitual (R$ 207,9 bilhões) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 5,3% (menos R$ 11,7 bilhões) em relação ao mesmo trimestre de 2019.
O número de empregadores (3,9 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e recuou 12,7% ante o mesmo trimestre de 2019 (menos 567 mil pessoas). A categoria dos empregados no setor público (12,0 milhões de pessoas), que inclui servidores estatutários e militares, manteve estabilidade em ambas as comparações.
O rendimento médio real habitualmente recebido no trabalho principal, frente ao trimestre anterior, recuou em quatro grupamentos de atividades: Construção (-4,9%); Transporte, armazenagem e correio (-6,9%); Outros serviços (-6,8%) e Serviços domésticos (-4,7%). Os demais grupamentos não apresentaram variações significativas.
Foto: EBC