Em novembro, na última rodada da PNAD COVID19 e oito meses após a suspensão das aulas presenciais, 3 em cada 10 estudantes na Bahia não tiveram nenhuma atividade escolar disponibilizada (30,9%). Isso representava 1,087 milhão de pessoas: o maior número absoluto de estudantes sem aulas presenciais e sem atividades escolares do país, e o segundo maior percentual entre os estados, menor apenas que o do Pará (31,0%).
Pouco mais de 9 em cada 10 estudantes sem aulas presenciais nem atividades escolares na Bahia estavam na rede pública de ensino: 1,019 milhão ou 93,7%. Cerca de 6 em cada 10 (64,9% ou 706 mil) viviam em domicílios com rendimento mensal per capita menor que 1/2 salário mínimo. E 8 em cada 10 (84,4% ou 917 mil) eram pretos ou pardos. Entre outubro e novembro, tanto o percentual quanto o número de estudantes baianos que não tiveram nenhuma atividade escolar disponibilizada praticamente não se alterou, mostrando, na verdade, uma discreta tendência de alta: de 29,6% (1,044 milhão) para 30,9% (1,087 milhão).
Em relação a julho, quando o tema começou a ser investigado pela PNAD COVID19, houve uma leve melhora. Naquele mês, 35,6% dos estudantes baianos não tiveram atividades escolares, o que significava 1,224 milhão de pessoas, 137 mil a mais do que em novembro. No Brasil como um todo, 11,7% das pessoas que frequentavam escola não tiveram atividades disponibilizadas em novembro (5,276 milhões de estudantes). Em Mato Grosso do Sul (2,8%), Santa Catarina (3,0%) e no Paraná (3,0%) estavam os menores percentuais.
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