Presidente nacional do DEM, o prefeito soteropolitano ACM Neto voltou a se reunir com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo a CNN Brasil, o encontro ocorreu em Brasília na última quarta-feira. De acordo com a emissora, os políticos discutiram dois temas: um maior alinhamento dos democratas com o governo federal, e a sucessão na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Sobre o primeiro tema, a avaliação é de que ficou mais fácil um alinhamento após o processo de fragilização política do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Já sobre a sucessão, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e a sigla receberam o aval do governo para apoiarem o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a sucessão.
Apesar do desejo do deputado federal Elmar Nascimento (DEM-BA) de ser candidato na Câmara, ACM Neto tem dito que a sua legenda não deverá ter um postulante na Casa. “Esta hipótese está descartada (de disputar as duas Casas). Caso se consolide a candidatura de Rodrigo Pacheco no Senado, não teremos candidato próprio na Câmara”, afirmou recentemente o prefeito soteropolitano. Em mensagem de WhatsApp enviada à bancada do DEM, o deputado Elmar chegou a dizer que foi “traído inexplicavelmente” por quem considerava seu melhor amigo e “estranhamente relegado”, ao se referir a Rodrigo Maia. O desabafo de Elmar veio a público no mesmo dia em que o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (SP), anunciou publicamente o rompimento com Maia e a aliança com o pré-candidato Arthur Lira (PP).
Presidente do Republicanos e bispo licenciado da Igreja Universal, Pereira também queria concorrer à cadeira de Maia, mas disse ter sido vítima de um “veto velado” por parte do colega. A negociação para o apoio a Lira envolveria a entrega do Ministério da Cidadania, hoje ocupado por Onyx Lorenzoni (DEM), ao Republicanos. Trata-se da pasta que cuida justamente do programa Bolsa Família. “Já fui ministro. Não quero ser de novo”, disse Pereira ao jornal Estado de S. Paulo. No governo Temer, ele foi ministro da Indústria e Comércio Exterior. O problema é que, além da debandada do Republicanos – com 31 deputados – o racha é agora nas fileiras do próprio DEM, partido de Maia.
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