O Ministério Público Federal (MPF) solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a permanência da prisão preventiva de seis réus investigados pela Operação Faroeste, presos desde novembro, acusados de lavagem de dinheiro, constituição e integração de uma organização criminosa. A ação se refere ao ‘falso cônsul’, Adailton Maturino, e sua esposa, Geciane Maturino, ao secretário judiciário do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), Antônio Roque, ao músico Márcio Duarte, à desembargadora e ex-presidente do TJBA, Maria do Socorro e ao juiz Sérgio Humberto.
O MPF acredita que os réus devem continuar presos para a investigação poder ocorrer sem a possibilidade de interferências. O pedido assinado pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo ressalta que além das três ações penais já iniciadas, ainda estão acontecendo outras apurações com base no inquérito que deu origem à operação. Além disso, o ministério também argumenta que não houve mudança em relação à situação dos suspeitos e que, diante disso, a soltura dos réus não faria sentido. Lindôra afirma que os presos “já têm contra si evidência de atuação com alteração da verdade e falsificação de documentos, com absoluta complacência e contaminação do Poder Público estadual” e completa: “a execução de morte de dois consortes relacionados aos fatos em apuração reafirma o risco que a liberdade deles traz para o sucesso do caso”.
Foto : GIL FERREIRA AG. CNJ