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MARCADA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA CONCESSÃO DA FCA QUE NÃO PREVÊ INVESTIMENTO NA MALHA BAIANA

Redação - 17/12/2020 10:34 - Atualizado 17/12/2020

A Bahia teve uma vitória com o anúncio de que a concessão da FIOL – Ferrovia Oeste-Leste será em abril, mas agora corre o risco de que os recursos resultantes da concessão de um ativo importante que passa pelo seu território seja destinado a outros estados da federação.

Trata-se da renovação da concessão da FCA – Ferrovia Centro Atlântica para a VLI Logística, pelo qual o governo vai receber 4,5 bilhões e a Agência Nacional de Transportes Terrestres já marcou para o dia 3 de fevereiro a audiência pública de número 12/2020 com a qual começa a concretizar o negócio. O período para envio de contribuições será de 06/01 até 19/02 de 2021.

O problema é que o Ministério da Infraestrutura decidiu que destinará para a Bahia apenas 7% dos recursos que vai receber da VLI Logística para obras em outros estados. Mesmo os 7%  destinados a Bahia irão para fase III da Fiol, entre Barreira e Figueropólis, que sequer foi iniciada.

Segundo o secretário de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti,  os lideres empresariais e políticos da Bahia precisam  exigir que recursos sejam  investimentos a FCA.

“Estamos comemorando a Ferrovia Oeste Leste,  mas precisamos lutar também para que a FCA, nossa ligação com o Sudeste e um dos maiores gargalos econômicos da Bahia, não fique sem investimentos”, disse o secretário.

A Ferrovia Centro-Atlântica é a única ligação ferroviária entre o Nordeste e o Sudeste e liga a Região Metropolitana de Salvador a Paulínea, em São Paulo. Enquanto a Fiol, faz a ligação Oeste-Leste e  transporta granéis e  minérios, a FCA, faz a ligação Nordeste – Sudeste e  transporta produtos industriais e petroquímicos, insumos, motores e outros produtos – e tem outros ramais dentro da Bahia, todos operando sem investimentos há décadas.

O economista Armando Avena, diretor do portal Bahia Econômica, disse que a decisão do Ministério da Infraestrutura vai prejudicar a Bahia.

“ Ora, os recursos advindos da outorga da FCA devem ir para investimentos na malha da FCA  e destinados a modernização da própria ferrovia, que está em estado critico. A FIEB e outras instituições deveriam se manifestar”, disse o economista.

A FCA é o maior gargalo ferroviário do país e é a  única ligação ferroviária entre o Nordeste e Sudeste do Brasil com uma ponte entre Cachoeira e São Félix que foi construída pelo Imperador D. Pedro II

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