A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a prisão temporária do secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa, afirmando que ele exercia “papel central na garantia da impunidade” dos investigados da Operação Faroeste, que apura um esquema de corrupção no Judiciário baiano. No entanto, o ministro Og Fernandes, relator do caso no STJ, não autorizou a prisão, mas determinou o afastamento de Maurício Barbosa por 180 dias.
Maurício Barbosa é secretário de Segurança Pública desde 2011, na gestão do ex-governador Jaques Wagner (PT) e foi mantido no cargo pelo atual governador Rui Costa (PT).
Segundo a PGR, Maurício Barbosa exerceu influência em uma operação policial que atacou adversários de Adailton Maturino dos Santos, um dos líderes do esquema de corrupção no Judiciário baiano. Além disso, há suspeitas que sua chefe de gabinete, Gabriela Caldas Rosa de Macedo,(foto) teria vazado informações sigilosas de investigações que atacavam integrantes do Judiciário baiano.
“Maurício Teles Barbosa exerceria, segundo o MPF, papel central na garantia da impunidade dos diversos núcleos criminosos. Conforme acima exposto, ele teria demonstrado sua periculosidade social na condução do cargo, quando da deflagração da Operação Fake News pela SSP/BA, em julho de 2019, cuja finalidade escusa consistiria em neutralizar os opositores do esquema criminoso liderado por Adailton Maturino dos Santos”. (OG)