A nova fase da Operação Faroeste, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (14), teve como um dos alvos a ex-procuradora geral do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Ediene Lousado, que deverá se afastar das atividades no Conselho Nacional do órgão (CNMP) por 180 dias. A ação que investiga um suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) também atingiu outros membros do Judiciário, sendo decretada a prisão temporária de duas magistradas da corte baiana, além de ter sido determinado o afastamento do secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, que também foi alvo de mandados de busca e apreensão. Os 36 mandados, expedidos pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), são cumpridos, além de Salvador, nas cidades baianas de Barreiras, Catu e Uibaí, além do Distrito Federal, em Brasília. A preventiva foi decretada contra um operador de um juiz do TJ-BA. De acordo com a Polícia Federal, foi determinado o afastamento do cargo e função de sete servidores públicos sob investigação, pelo prazo de um ano. Na decisão, o ministro Og Fernandes afirmou que “o conjunto probatório colacionado aos autos revela a suposta existência de uma engrenagem judicial criminosa no seio do Tribunal de Justiça baiano, que possui a venda de decisões como mercadoria para o enriquecimento ilícito em escala geométrica”.
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