Em 2020 não faltaram polêmicas, além da crise sanitária trazida pelo covid-19, o setor tecnológico passou por relevantes turbulências com as acusações de países como EUA, Reino Unido e França de que a Huawei estaria promovendo atos de espionagem para o Partido Comunista Chinês. Algo que, segundo Renato Malafaia – sócio da Daniel Advogados, respingou até no governo brasileiro, sobretudo pela previsão de leilão de parte da rede 5G programada para o primeiro semestre de 2021 e que deve movimentar cerca de R$ 20 bilhões em arrecadação.
O contexto em que vivemos dá muito o que falar. “A implementação da rede 5G coloca o Brasil mais próximo das principais potências mundiais e boa parte do aparato tecnológico que sustenta a atual rede das operadoras de telefonia é chinesa”, explica Malafaia. Para o advogado, vivemos um dilema, já que a abertura aos chineses tornaria mais próxima – e mais barata – a implementação da internet 5G, enquanto sua exclusão poderia tumultuar a relação com o principal parceiro comercial brasileiro e o sonho das smart cities, que prometem benefícios como carros autônomos, medicina à distância e a conexão dos aparelhos domésticos à internet (essencial à Internet das Coisas).
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