Há uma semana, o clima do Vitória era de apreensão. Além de flertar com a zona de rebaixamento, tinha acabado de perder o técnico Eduardo Barroca, que foi para o Botafogo na véspera do jogo contra o CRB. Mas nesses sete dias, tudo mudou, e para muito melhor. O Leão, agora sob o comando do interino Rodrigo Chagas, vive boa fase. Conquistou a primeira vitória como visitante, ganhou duas partidas seguidas pela primeira vez na Série B e subiu para a 14ª posição, com 32 pontos. Se a missão na semana passada era encontrar estabilidade, agora já é possível até olhar (de longe) a distância para o G4, que é de nove pontos, apenas um a mais do que para o Z4.
Para tentar diminuir essa diferença, o rubro-negro recebe o Confiança nesta sexta-feira (4), às 19h15, no Barradão. Pela primeira vez, o time tem a chance de engatar três triunfos seguidos e ainda pode ampliar a invencibilidade que, atualmente, é de cinco jogos – três vitórias e dois empates. Como mandante, o Leão tem um retrospecto melhor que o rival como visitante. Nos 13 duelos que fez em casa, ganhou seis. Incluindo a última partida no Barradão, com a virada sobre o CRB por 2×1. Além disso, soma quatro empates e três derrotas, um aproveitamento de 56,4%.
Já o Confiança, fora de casa, tem rendimento de 33,3%. Venceu três vezes, empatou quatro e perdeu seis. Mas isso não quer dizer que dá para relaxar: a última vez que o clube sergipano foi visitante, triunfou sobre o Cruzeiro, por 2×1. Um dos titulares do jogo será o volante Lucas Cândido, que foi elogiado em suas duas últimas atuações. Contra o CRB, ganhou a titularidade após Fernando Neto ser vetado pelo departamento médico e foi mantido na goleada sobre o Paraná, por 4×1, na Vila Capanema. Segundo o jogador, a evolução na preparação física e a chegada do técnico interino ajudaram.
“Acho que os dois fatores. Rodrigo Chagas me deu mais liberdade e, consequentemente, no treinamento, eu venho melhorando meu preparo físico. Isso também dou graças a toda fisiologia do grupo”, comentou. Ele também comparou o trabalho do interino com o antecessor, Eduardo Barroca, e viu semelhanças. “Tem a mesma metodologia do Barroca, até porque não tem muito tempo para mudar. Ele mais conversa com a gente, dá as opiniões dele de estratégia. O principal argumento é que a bola começou a entrar. A gente vinha fazendo bons jogos, mas a bola não estava entrando. Agora a chave mudou”, continuou.
Letícia Martins/EC Vitória