O Reino Unido se tornou nesta quarta-feira (2) o primeiro país do mundo a aprovar a vacina contra a Covid-19 produzida pela americana Pfizer e a alemã BioNTech e prometeu começar a imunização de sua população já na semana que vem. As autoridades britânicas irão decidir quais grupos terão prioridade no acesso ao imunizante, incluindo idosos e profissionais da saúde. “O governo aceitou hoje a recomendação da agência reguladora independente sobre medicamentos e produtos de saúde para aprovar a vacina contra a Covid-19 da Pfizer-NioNTech”, anunciaram as autoridades britânicas. “Esperamos milhões de doses para o Reino Unido inteiro até o fim do ano, e eu não estou cravando um número exato de propósito, pois ainda não sabemos”, disse o secretário de Saúde britânico, Matt Hancock, em entrevista à rádio BBC 4.
O presidente da Pfizer, Albert Bourla, comemorou o anúncio. “Antecipando novas autorizações e aprovações, nosso foco é avançar com o mesmo nível de urgência para fornecer de forma segura uma vacina de alta qualidade ao redor do mundo”. Na terça, a Pfizer havia pedido às autoridades de regulação de medicamentos da Europa a autorização para uso emergencial de sua vacina. O mesmo processo já havia sido iniciado nos Estados Unidos. A Pfizer divulgou estudos que mostram que sua vacina é 95% eficaz contra o novo coronavírus.
Antes do anúncio da aprovação da vacina da Pfizer, o Reino Unido vinha apostando em uma vacina desenvolvida pela Universidade Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Mas o entusiasmo com o imunizante caiu por terra após os cientistas admitirem erros na dose de vacina recebida por alguns participantes em seus estudos. A Astrazeneca aguarda resultados definitivos de seus testes para entrar com pedido de aprovação, e diz que o contratempo nos estudos preliminares não deverá atrasar o desenvolvimento da vacina.
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