A produção industrial brasileira subiu 1,1% em outubro ante setembro, frustrando as projeções de 1,4%. Na comparação anual, o indicador teve alta modesta de 0,3%, bem abaixo das expectativas de 1% e do resultado anterior de 3,4%. No ano, o setor acumula perda de 6,3%. Já nos últimos 12 meses, a queda é de 5,6%. Entre as atividades, o principal resultado veio de Veículos automotores, reboques e carrocerias, que subiu 4,7% e agora acumula expansão de 1075,8% em 6 meses, mas ainda 9,1% abaixo do nível pré-pandemia. Entre as grandes categorias, as taxas positivas vieram dos Bens de capital (7%) e Bens de consumo duráveis (1,4%). Embora o setor acumule agora 6 meses consecutivos de alta e 39% de expansão, eliminando os 27,1% perdidos entre março e abril, já vemos uma notável desaceleração, mesmo com a demanda crescendo e o setor otimista, de acordo com o PMI de ontem. No mais, a escassez de matérias-primas aliada ao retorno das medidas de restrição e os lockdowns mundiais já gera maior pressão inflacionária sobre as fábricas e pode impactar ainda mais a produção.
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