O faturamento da indústria de defensivos agrícolas no Brasil deve ter redução de 11,8% em 2020, somando 11,994 bilhões de dólares, projetou nessa terça-feira (01) o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), a partir de levantamento encomendado à consultoria especializada.
“A intensa desvalorização do real frente ao dólar neste ano tem sido um importante desafio para a indústria de defensivos agrícolas, que tem a maior parte dos seus custos na importação de insumos e matérias-primas”, disse em nota o presidente do Sindiveg, Julio Borges Garcia. “Devido à grande variação cambial, não foi possível fazer o repasse integral do aumento dos custos”, acrescentou o dirigente.
Outro motivo fundamental está ligado ao aumento da pressão dos desafios fitossanitários nas lavouras, especialmente insetos (como percevejos e cigarrinhas), fungos (que causam doenças como a ferrugem asiática e a ramulária) e plantas daninhas resistentes (com destaque especial ao caruru e à buva), acrescentou o Sindiveg.
Por outro lado, a área tratada está maior em 2020 pela ampliação de diversas culturas: 3,4% na soja, 4% no milho e 3% no algodão. Com isso, a área tratada com defensivos agrícolas deve crescer em torno de 6,5% até o fim de 2020, estima o sindicado.( Reuters)
Foto: Chung Sung-Jun / Equipa/Getty Images