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JURO BANCÁRIO MÉDIO SOBE 26,5% AO ANO, APONTA BC

Redação - 27/11/2020 10:09 - Atualizado 27/11/2020

O crédito bancário avançou em outubro, assim como a taxa média de juros nas operações com recursos livres (sem imobiliário, BNDES e rural), segundo números divulgados pelo Banco Central nesta sexta–feira (27).

De acordo com a instituição, o volume total do crédito ofertado pelas instituições financeiras cresceu 1,4% no mês passado, para R$ 3,871 trilhões. Em setembro, o estoque de crédito bancário estava em R$ 3,819 bilhões. Conforme o Banco Central, as concessões totais de crédito somaram R$ 353 bilhões em outubro, o que representa uma queda de 0,6% na comparação com o mês anterior. Em doze meses até outubro, o crescimento da carteira total acelerou de 13,4% para 14,5%, informou o BC. Esse patamar está acima da última estimativa da instituição para o aumento do crédito bancário em todo ano de 2020, que é de 11,9%. Também representa forte aceleração frente ao registrado em 2019 (+6,5%).

Em outubro, os números oficiais mostram que volume de crédito ofertado pelos bancos para as pessoas físicas cresceu 1,7%, para um saldo total de R$ 2,2 trilhões, enquanto que a carteira de empréstimo para as empresas subiu 1%, para R$ 1,7 trilhão. A taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito ficou estável em 2,4% em outubro. Nas operações com pessoas físicas, a inadimplência permaneceu em 3,1% no mês passado e, no caso das empresas, continuou em 1,5%.

Juros bancários

Os juros bancários médios com recursos livres de pessoas físicas e empresas, por sua vez, subiram de 25,8% ao ano, em setembro, para 26,5% ao ano no mês passado. O crédito livre não considera empréstimos habitacionais, rurais ou do BNDES. Nessas operações, a instituição financeira tem mais liberdade para fixar a taxa de juro cobrada.

A alta dos juros bancários médios e das operações com pessoas físicas acontece em um momento de estabilidade da taxa básica de juros da economia, no seu piso histórico de 2% ao ano.

Em outubro, nas operações para pessoas físicas, a o juro médio passou de 38% para 38,9% ao ano na comparação com setembro, e, para as empresas, a taxa média avançou de 11,5% para 12% ao ano na mesma comparação.

No cheque especial das pessoas físicas, porém, a taxa caiu de 114% ao ano em setembro (6,5% ao mês) para 112,9% ao ano em outubro, o equivalente também a 6,5% ao mês. Nessa linha de crédito, o BC adotou um teto para os juros.

Nas operações com cartão de crédito rotativo de pessoas físicas, os juros bancários cobrados das pessoas físicas subiram de 309,7% ao ano, em setembro, para 317,5% ao ano em outubro. Deste modo, a taxa segue em patamar proibitivo. (G1)

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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