O turismo foi uma das áreas mais afetadas pela pandemia do novo coronavírus, consequentemente, com o número baixo de viagens, o Aeroporto Internacional de Salvador também foi muito afetado. Estima-se que o prejuízo neste período já ultrapassa R$ 114 milhões. Para tentar frear o aumento das dívidas, a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou, em reunião na tarde desta terça-feira (24) a revisao extraordinária do contrato de concessão do terminal.
A movimentação de passageiros prevista pela Anac no terminal de Salvador para o cenário sem pandemia (março a outubro de 2020) era de 4.605.775 pessoas, no entanto, a movimentação obersavada no período foi de apenas 1.302.226 usuários.
Além da capital baiana, outros três aeroportos também foram benefeciados nesta avaliação. Guarulhos, em São Paulo(R$ 854,9 milhões), Brasília (R$ 184,8 milhões) e Confins, em Belo Horizonte (R$ 111,1 milhões). No total, o montante de reequilíbrio aprovado foi de R$ 1,27 bilhão.
No início deste mês, a agência já havia aprovado a recomposição dos contratos dos aeroportos de Florianópolis, Porto Alegre, Galeão, no Rio de Janeiro e Fortaleza.
Os valores dos reequilíbrios econômico-financeiros serão deduzidos do saldo devedor das outorgas. No caso do Aeroporto de Salvador, além dos valores devidos das outorgas, eles conseguiram também a prorrogação da instalação de uma ponte de embarque, uma vez que as outorgas devidas pela concessionária são insuficientes para comportar as deduções dos reequilíbrios conquistados pelo aeroporto. O pagamento das outorgas, por sinal, foi postergado pelo governo para até 18 de dezembro como forma de dar mais liquidez às companhias.
Todos os reequilíbrios aprovados pela Anac ainda devem ser submetidos à Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), do Ministério da Infraestrutura, que dará o veredicto sobre o tema.
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