O prefeito eleito Bruno Reis (DEM) revelou ontem que vai enviar para a Câmara de Salvador nos próximos dias uma proposta de reforma administrativa para a nova gestão municipal quecomeça em 1º de janeiro de 2021. De acordo com o democrata, o texto está em fase final de elaboração e o novo governo busca identificar nomes técnicos para funções estratégicas. Segundo ele, alguns quadros atuais serão mantidos nos cargos e outros remanejados.
“Fechando esse fluxograma, que eu pretendo fazer ainda hoje e amanhã, a gente vai identificar os no mes, com perfis, com capacidade técnica, que casem com cada área, pra gente começar a montar o novo governo. No novo governo naturalmente, peças serão mantidas, outras peças serão remanejadas e outras peças virão compor o time. […] A nossa ideia é fazer minirreforma dentro das limitações da lei federal, que proíbe criação de cargos e aumento de despesas, mas precisamos ajustar a máquina administrativa e mandar esse fluxograma ainda este ano para a Câmara”, declarou, em coletiva de imprensa.
Questionado sobre o espaço que deve ser dado ao Republicanos na gestão, Reis abriu a possibilidade para que a legenda assuma secretarias. “O partido tem nomes qualificadíssimos, a exemplo do vereador mais votado da cidade, o Luiz Carlos. A legenda já contribui com a nossa gestão em duas áreas. Após fechamento desse planejamento, vamos definir. Virá um novo governo com novos projetos e novas ideias”, registrou.
O partido pleiteia pelo menos duas pastas após ter um desempenho excepcional nas urnas conseguindo eleger três vereadores sendo um deles o mais votado: o vereador Luiz Carlos. O sonho da sigla ligada à Igreja Universal do Reino de Deus é comandar a Educação. Também são especuladas as pastas de Políticas para as Mulheres e a da Reparação, que já estão sob o comando da sigla. A vereadora Ireuda Silva (Republicanos), que chegou a ser ventilada em certo momento da pré-campanha como uma possível vice de Bruno, é apontada como uma das possibilidades para entrar de vez no Executivo.
Apesar de ter maioria na Câmara Municipal de Salvador, o democrata defendeu o diálogo com a bancada da oposição – que está reduzida. Segundo Bruno Reis, alguns vereadores oposicionistas manifestaram “o desejo de contribuir com a gestão”. Nos bastidores, fala-se que o Podemos poderá desembarcar de vez no Palácio Thomé de Souza. “Sei da importância da oposição para a democracia e vamos manter a melhor relação possível. Saio com dois terços de largada. Alguns da oposição já manifestaram o desejo de colaborar. Com diálogo e entendimento até matérias que deixarmos de lado posições ideológicas podem ser aprovadas por unanimidade”.
O prefeito eleito avaliou como positiva a renovação na CMS e destacou que ainda não há questão fechada sobre qual vereador deve assumir a liderança do governo no Legislativo municipal. O presidente da Casa, Geraldo Júnor (MDB), defende que Paulo Magalhães Júnior (DEM) continue no posto. “Vejo como positiva a renovação na Câmara. Ficou dentro do que a gente imaginava. Chegaram nomes novos e qualificados. A cada ano o nível da CMS vai se elevando.”(TB)
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