sexta, 10 de maio de 2024
Euro 5.5465 Dólar 5.1445

PANDEMIA IMPULSIONA AUMENTO POR SEGURO DE VIDA NA BAHIA

Redação - 20/11/2020 07:24 - Atualizado 20/11/2020

Nos últimos três anos, com o início dos debates em torno da reforma da previdência, houve uma intensificação na demanda do seguro de vida em todo o Brasil. E agora, por causa da pandemia, a procura foi ainda mais intensa. Na Bahia, por exemplo, houve um aumento de 13,9% entre março e agosto deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2019, segundo dados da MAG Seguros.

Para João Manoel Rezende, superintendente da empresa na Bahia, o coronavírus trouxe uma percepção maior sobre a importância de contar com um planejamento financeiro.

A advogada Indira Domingues, segue a mesma linha, e lembra que o medo da morte faz com que as famílias se atentem ao planejamento sucessório. E o seguro de vida está diretamente ligado a esse processo, já que com ele é possível resolver os entraves financeiros da sucessão familiar, como custos com inventários que podem chegar, em média, a 20% do patrimônio. Ou seja, a ideia é capitalizar os herdeiros para fazer frente às despesas do momento.

Em entrevista ao jornal Tribuna, a especialista lembra que o seguro de vida pode ser interessante para diferentes perfis. Desde aquelas famílias com muito capital imobilizado, que possam enfrentar dificuldades no pagamento dos impostos sobre a sucessão, até as com diferentes núcleos familiares, que costumam enfrentar conflitos entre os herdeiros na disputa do patrimônio familiar.

O excessivo número de óbitos causados pela pandemia da Covid-19 no Brasil trouxe uma outra preocupação aos familiares das pessoas que se foram: a realização obrigatória do inventário, procedimento necessário para a partilha de bens – e dívidas – do falecido entre os herdeiros, que registrou aumento de 21% no estado da Bahia, na comparação entre os meses de junho e setembro deste ano, passando de 58 escrituras para 70. O maior número de inventários registrados durante a pandemia foi alcançado em março, com 88 atos.

Dados, coletados pelo Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB-CF), por meio da Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados (CENSEC), revelam que, de março a setembro deste ano, os Cartórios baianos realizaram 458 inventários. O mês de abril registrou queda expressiva de 45,4% na comparação com o mês anterior. Já em maio, a redução foi de 8,3%, com 44 atos. Os dois meses seguintes contabilizaram aumento, com 31,8% em junho (58) e 46,5% julho (85). Já o mês de agosto fechou com 65, redução de 23,5%.

Foto: Agência Brasil

Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.