No dia 27 de novembro acontece a Black Friday, data muito aguardada pelos consumidores por oferecer grandes descontos e promoções atrativas. No entanto, é preciso ficar atento e não se deixar levar pela emoção.
É o que afirma Plauto Holtz, advogado especialista em direito do consumidor ao R7.Ele destaca que o ano de 2020 é atípico, por conta da pandemia do novo coronavírus, o que requer olhares ainda mais atentos para evitar o comprometimento do orçamento familiar.
“A economia está muito fragilizada, a gente não sabe como as coisas vão se suceder, então tem de tomar muito cuidado agora. É consumir com a razão, e não com a emoção. Não se deixar levar pela euforia momentânea, porque se não a conta pode sair cara”, analisa Holtz.
Saiba as dicas sobre como não cair no endividamento e nos golpes praticados na Black Friday.
Avalie prioridades
Para Holtz, antes de comprar o consumidor deve se fazer as seguintes perguntas: “eu preciso comprar tal produto?” e “é realmente necessário comprar agora?” Se as respostas forem sim, gastar o dinheiro suado pode ser uma boa oportunidade.
“Do contrário, é melhor guardar a quantia e não gastar por impulso”, diz.
Fernando Capez, secretário de defesa do consumidor do Procon-SP, acredita que a publicidade pode criar uma falsa imagem de promoção e levar o consumidor a comprar um produto que ele não necessita por um preço que pode não ser vantajoso.
Planejamento e pesquisa
O Procon-SP recomenda que o consumidor deve começar a pesquisar desde cedo sobre produtos ou serviços de seu interesse.
“E, principalmente, verificar qual o preço que está sendo praticado hoje no mercado”.
Atenção ao valor do frete
Além de se planejar, o consumidor deve se ater a algumas particularidades dessa Black Friday que promete se concentrar no comércio online e, com ele, vem o frete.
Além disso, ele diz que se informar sobre a política de trocas da empresa é uma atitude que pode ajudar a evitar dores de cabeça no futuro.
“Nas compras feitas em sites, é preciso estar atento se há alteração no preço informado inicialmente (da oferta inicial, passando pela colocação do produto no carrinho até o pagamento)”, complementa o secretário.
Evite depósito em dinheiro
Holtz t indica que é melhor evitar depósitos bancários ou pagamentos à vista.
“Compre com cartão de crédito porque se houver fraude o valor pode ser contestado”, explica.
Procure sites oficiais
O site ressalta também que é importante começar a bloquear números que enviam links suspeitos pelo WhatsApp.
Capez, reforça a importância de sempre procurar informações em canais oficiais. “Clicar em links de ofertas recebidos por e-mail ou redes sociais não é seguro”, completa.
Foto: Shirley Stolze