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INFORMALIDADE NO MERCADO DE TRABALHO EM SALVADOR BATEU NOVO RECORDE EM 2019, ATINGINDO 42,4% DAS PESSOAS OCUPADAS (651 MIL)

Redação - 12/11/2020 13:00 - Atualizado 12/11/2020

Em 2019, a informalidade no mercado de trabalho seguiu em alta pelo quinto ano consecutivo em Salvador (cresce desde 2015) e bateu um novo recorde. No ano passado, 42,4% das pessoas de 14 anos ou mais de idade que trabalhavam na capital baiana eram informais, o que representava 651 mil trabalhadores nessa situação. O número de informais em Salvador cresceu 5,4% em relação a 2018, quando somava 587 mil pessoas (40,3% da população ocupada), até então o maior patamar da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Isso representou mais 64 mil trabalhadores informais em um ano.

Com esse avanço, Salvador subiu um pouco no ranking da informalidade entre as capitais brasileiras, passando da 11a mais alta, em 2018, para a 8a em 2019. Macapá/AP (56,4%), Belém/PA (55,9%) e Boa Vista/RR (50,2%) lideravam nesse indicador. No outro extremo, Florianópolis/SC (26,9%), Belo Horizonte/MG (30,8%) e Porto Alegre/RS (30,9%) tinham as menores proporções. São considerados informais os empregados sem carteira assinada (incluindo os domésticos), os trabalhadores por conta própria ou empregadores que não contribuíam para a Previdência e os trabalhadores familiares auxiliares.

Embora tenha aumentado, a informalidade do mercado de trabalho soteropolitano ainda era, em 2019, menor do que na Bahia como um todo. No estado a proporção de trabalhadores informais se manteve praticamente a mesma entre 2018 (56,7%) e 2019 (56,6%), num patamar bastante significativo, atingindo 3,4 milhões de pessoas. No ano passado 4 em cada 10 trabalhadores no Brasil como um todo (41,6% ou 39,3 milhões de pessoas) eram informais, uma proporção que também pouco variou em relação ao ano anterior (era de 41,5% em 2018).

A informalidade se mostra decisiva para a desigualdade salarial. Em Salvador, os trabalhadores informais recebiam, em média, por mês, R$ 1.559, quase metade (-48,5%) do que os trabalhadores formais (R$ 3.025). Na Bahia como um todo, a diferença era ainda maior: quem estava na informalidade, em 2019, recebia, em média, R$ 936, abaixo do salário mínimo do ano (R$ 998) e quase 60% menos (-58,5%) do que recebia quem era formalizado (R$ 2.254).

Foto: divulgação

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