Os resultados da Embraer no terceiro trimestre foram afetados pela queda no desempenho da aviação comercial, resultado da crise provocada pelo novo coronavírus, mostra balanço divulgado pela empresa nesta terça-feira (10).
empresa apresentou prejuízo líquido atribuído ao acionista de R$ 649 milhões –mais que o dobro do registrado no terceiro trimestre de 2019. O prejuízo líquido ajustado (excluindo-se impostos diferidos e itens especiais) de R$ 797,5 milhões. Excluindo-se os itens especiais, o Ebitda (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 40,7 milhões, impactado negativamente pelo fraco resultado da aviação comercial.
A receita líquida da empresa teve queda de 13% em relação ao mesmo trimestre de 2019, e ficou em R$ 4.090,5 milhões, puxada pelas quedas nas entregas da aviação executiva e especialmente da aviação comercial.
Essa queda foi parcialmente compensada pelo aumento de 106% das receitas de defesa e segurança, que foram impactadas no primeiro semestre do ano já que algumas entregas foram postergadas em função das restrições de viagens impostas pela Covid-19. No acumulado do ano, as receitas da Embraer foram de R$ 9.829,8 milhões em comparação aos R$ 13.216,6 milhões reportados no mesmo período do ano passado, com a maior queda ocorrendo principalmente no segmento de aviação comercial.
Entregas e receita
No terceiro trimestre, a Embraer entregou sete jatos comerciais e 21 jatos executivos (19 jatos leves e dois jatos grandes), totalizando 28 jatos entregues no período. Isso se compara a um total de 44 jatos entregues no mesmo período do ano passado, sendo 17 jatos comerciais e 27 jatos executivos.
No acumulado do ano em 2020, a empresa entregou 16 jatos comerciais e 43 jatos executivos, o que se compara aos 54 jatos comerciais e 63 jatos executivos entregues durante os primeiros nove meses de 2019. As entregas da
Embraer em 2020 estão sendo impactadas negativamente, principalmente devido à pandemia Covid-19, que continua afetando o mundo e especialmente as viagens aéreas comerciais.
A companhia espera que as entregas do terceiro para o quarto trimestre continuem melhorando em relação aos três primeiros trimestres do ano, principalmente no segmento de aviação executiva, que normalmente apresenta um alto nível de sazonalidade com grande parte das entregas anuais ocorrendo no quarto trimestre. (Aeroin)
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