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PREÇO DO GÁS DE COZINHA VARIA R$ 27 EM SALVADOR

Redação - 04/11/2020 06:55 - Atualizado 04/11/2020

A diferença do preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, na capital baiana pode ser de até R$27. Em dez revendedoras pesquisadas pelo jornal Correio em diferentes bairros da cidade, os valores variam entre R$60 e R$87 – incluindo diferentes formas de pagamento e modalidades de entrega.  Ou seja, uma variação que corresponde a 31,03%. Segundo o diretor do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia (Sinrevgas), Robério Souza, essa variação está atrelada às diferentes marcas e também ao custo operacional de cada revendedor. Outros fatores para a alternância nos preços, revelou Robério, são as variações adotadas pela Petrobras. “A Petrobras passou a adotar basicamente duas variáveis: a cotação do barril de petróleo e a variável do dólar. As distribuidoras repassam os reajuste da Petrobras e adequam seus preços, atribuindo ao dissídio coletivo, a data base das distribuidoras”, explicou.

Os preços variam, também, mediante a forma de pagamento. Quem paga em dinheiro consegue um preço melhor. Em Brotas, é possível encontrar o “bujão” de 13kg por até R$67 à vista, menor valor encontrado na modalidade de entrega entre às revendedoras pesquisadas. Já em outras regiões da cidade, como no Vale do Matatu, o mesmo botijão sai por R$84, também para entrega. Para quem opta por retirar na distribuidora, também pode conseguir algum desconto. Sem o preço da entrega, os botijões saem na faixa de R$60 à R$82, valores correspondentes, respectivamente, ao menor e maior valor encontrado com o pagamento à vista.

Por outro lado, quem busca o pagamento via cartão de crédito ou débito encontra preços mais salgados. Em alguns locais, é possível dividir o valor, mas nem sempre é uma opção disponível para os clientes. No Vale do Matatu, o botijão com pagamento no cartão custa R$86, sem a possibilidade de parcelamento. No entanto, no Subúrbio Ferroviário da capital, ainda é possível encontrar centrais que dividem o valor em até quatro vezes no cartão, com o preço de R$83.

Quem também sente no bolso as variações no valor do gás são os empreendedores. Para Flávia Emanuele dos Santos, 23, que abriu em agosto deste ano a hamburgueria MC Burger, no bairro de Periperi, o valor do gás já é um problema para os negócios. “Por conta do aumento, temos que fazer um reajuste nos valores dos hambúrgueres. De agosto até novembro, o preço subiu de R$70 para $75, hoje, o preço mais barato que achamos para levar em casa”, contou. Com a realidade pesando no orçamento, há o medo de acumular um prejuízo. “Eu tenho medo de não ter lucro nenhum, pois não é só o gás que vem aumentando”, lamentou Emanuele.

Por conta do alto preço, os moradores da capital baiana têm buscado soluções para fazer o gás de cozinha render mais. Afinal, somente em 2020, entre janeiro e outubro, o produto sofreu oito reajustes de preço, cerca de 40% no acumulado, segundo informações do Sinrevgas. Para a educadora financeira comportamental, Meire Cardeal, o consumidor deve incorporar o hábito de acompanhar o consumo e estabelecer metas de gastos para cada item, cada despesa fixa e variável do seu orçamento doméstico. “No caso do consumo do gás de cozinha, se encanado ou botijão, vale marcar a data da compra ou início do consumo, determinar as ações para economia desse item, e acompanhar mensalmente. A família precisa estar envolvida, participar.”, destacou.

Outras dicas importantes que podem ajudar na redução do consumo, segundo a educadora, são: evitar correntes de ar próximas ao fogão, fechar portas e janelas, manter os bicos do fogão sempre limpos cozinhar com fogo baixo em panelas com bom fechamento e, para alguns tipos de alimentos, cozinhar em quantidade e congelar.

Foto: divulgação

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