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CODESAL TENTA LOCALIZAR DONO DO IMÓVEL DE NAZARÉ

Redação - 04/11/2020 06:59

Toda vez que os moradores do bairro de Nazaré, em Salvador, precisavam transitar pela calçada próximo da Escola de Engenharia, na Avenida Joana Angélica, apertavam o passo. Isso porque a fachada do prédio que fica ao lado da instituição apresentava risco de desabamento, e desabou na noite desta segunda-feira (2). O casarão já estava sendo monitorado pela Defesa Civil (Codesal) e o proprietário procurado desde agosto.

O acidente aconteceu por volta das 20h. Moradores contaram que ouviram um barulho, como se fosse um estalo, e logo depois os tijolos ruíram junto com pedaços de madeira velha e o telhado. Um homem que mora em frente ao casarão contou que o edifício já estava com o teto comprometido e que o risco de desabamento era evidente.

“Da minha janela, a gente conseguia ver o teto do prédio e ele estava rebaixado, como se estivesse afundando. A fachada não estava tão deteriorada, mas tinha uma rachadura que chamava a atenção. Há uns dois meses uma janela caiu. Por sorte, não passava ninguém na hora. Ligamos para a Codesal e no dia seguinte eles apareceram”, contou um morador que disse não conhecer o proprietário e que pediu para não ser identificado.

A Defesa Civil afirmou que a última vistoria feita no imóvel foi em 31 de agosto e que os engenheiros do órgão identificaram uma obra sendo realizada de maneira irregular. Não havia alvará da prefeitura. Desde então, eles estão tentando localizar o proprietário, mas ainda não tiveram sucesso. Localizar os donos de imóveis danificados é uma das principais dificuldades do Projeto Casarões, realizado pela Codesal. As equipes usam dados da Secretaria da Fazenda, de órgãos tombadores e faz contato com vizinhos para tentar identificar os proprietários, mas nem sempre conseguem um bom resultado.

A coordenadora do projeto e subcoordenadora de Áreas de Risco, Rita Jane Moraes, contou que o órgão está monitorando a situação de 1.290 imóveis desse tipo na capital. Os casarões são classificados em cinco categorias: sem risco de desabamento (120), baixo risco (335), médio risco (475), alto risco (230), e risco muito alto (130). “A gente faz um trabalho de acompanhamento desses casarões, sendo que 75% deles estão ocupados e 25% desabitados. Muitos estão tombados ou em poligonais de tombamento. O imóvel que desabou não estava em uma poligonal, mas não sabemos a situação dele”, afirmou.

(Foto: Arisson Marinho/ CORREIO)

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