O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia hoje (27), em Brasília, a penúltima reunião de 2020 para definir a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 2% ao ano, seu mínimo histórico. Amanhã (28), ao fim do dia, após a segunda parte da reunião, será anunciada a nova taxa.
A última reunião deste ano será nos dias 8 e 9 de dezembro. Segundo a pesquisa mais recente do BC ao mercado financeiro, a expectativa é que a Selic se mantenha em 2% ao ano até o final de 2020. Para o fim de 2021, estima-se que a taxa básica chegue a 2,75% ao ano.
A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). O Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.
Conforme a Agência Brasil, ao manter a Selic no mesmo patamar, o Copom considera que as alterações anteriores nos juros básicos foram suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC. Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil