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TAXA DE DESOCUPAÇÃO DA BAHIA CHEGA A 19,6% EM SETEMBRO; A MAIOR DO PAÍS

Redação - 23/10/2020 09:44 - Atualizado 23/10/2020

A busca por trabalho na Bahia avançou em setembro deste ano. A taxa de desocupação cresceu novamente, indo a 19,6% e se manteve a maior do país. Em agosto, a taxa registrada tinha sido de 18,1%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Pnad Covid19, divulgada hoje (23) pelo IBGE.

Assim como já havia ocorrido no mês anterior, na passagem de agosto para setembro, a Bahia teve o maior aumento absoluto do país no número de pessoas procurando trabalho. O resultado de setembro ocorreu porque o aumento do número de pessoas ocupadas foi inferior ao aumento no número de pessoas desocupadas, em relação a agosto. Esse grupo cresceu 12,5%, passando de 1,078 milhão para 1,213 milhão, o que representou, em um mês, mais 135 mil pessoas.

Segundo o IBGE, o contínuo aumento no número de pessoas desocupadas tem relação com a nova queda registrada no número de pessoas que não estavam trabalhando, queriam trabalhar, mas nem chegaram a procurar emprego por causa da pandemia ou por não haver oportunidades onde viviam.

Pela primeira vez desde maio, esse grupo, cuja busca por trabalho é impactada diretamente pela Covid-19, ficou abaixo dos 2 milhões na Bahia. Chegou a 1,891 milhão de pessoas em setembro, numa redução de 12,5% em relação a agosto, o que representou menos 270 mil pessoas nessa situação, em um mês. Ainda assim, o contingente se manteve como segundo maior do país, abaixo apenas de São Paulo, onde 2,640 milhões de pessoas queriam trabalhar, mas nem chegaram a procurar por causas relacionadas à pandemia.

Já o número de pessoas trabalhando (população ocupada) na Bahia mostrou, em setembro, seu primeiro crescimento estatisticamente significativo desde maio. Passou de 4,887 milhões em agosto para 4,973 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade no mês passado (+1,9%), o que representou mais 93 mil pessoas trabalhando. Esse aumento absoluto foi o segundo maior entre os estados, abaixo apenas do verificado em São Paulo, onde a população ocupada cresceu em 130 mil pessoas de agosto para setembro (+0,7%), chegando a 20 milhões de trabalhadores no mês passado.

Com o maior número de pessoas trabalhando, o nível da ocupação voltou a crescer na Bahia e chegou a 41,4% em setembro. Apesar da melhora, o indicador ainda não atingiu o patamar de maio, que foi de 42,9%, e o número de trabalhadores no estado ainda está abaixo do existente naquele mês (5,1 milhões de pessoas ocupadas).

A alta na população ocupada na Bahia foi puxada pelo comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas. O segmento teve os maiores crescimentos absoluto e relativo no número de trabalhadores entre agosto e setembro e respondeu por mais da metade dos novos postos de trabalho nesse período. No mês passado, o comércio tinha 919 mil trabalhadores na Bahia, o maior número desde maio. Esse contingente cresceu 5,8% frente a agosto, o que significou mais 51 mil pessoas trabalhando no setor, em um mês. Além do comércio, tiveram altas importantes também os setores de construção (+16 mil pessoas ocupadas entre agosto e setembro) e a indústria de transformação (+15 mil trabalhadores).

Apenas serviços domésticos (menos 11 mil trabalhadores, -4,3%) e outras atividades (menos 13 mil pessoas, -35,3%) seguiram com redução nas suas populações ocupadas. Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais mostrou estabilidade.

Foto: Reprodução/ Getty Images

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