Mais de 40% dos cursos superiores de instituições particulares de ensino (com e sem fins lucrativos) tiveram desempenho considerado ruim na última edição do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), aplicado em 2019 antes da pandemia. Entre universidades federais, essa taxa foi de 5,3%. Entre as estaduais, 11,3%.
Os resultados são referentes ao Conceito Enade, uma avaliação do governo federal realizada por alunos que estão concluindo o ensino superior. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O Conceito Enade possui uma escala de 1 a 5. As faixas 1 e 2 são consideradas ruins por estarem abaixo da média na avaliação. Para esta análise, foram considerados os 8.188 cursos de instituições públicas e privadas que tiveram o desempenho divulgado.
No ano passado, 2.691 dos 6.191 cursos de instituições particulares avaliados pelo Enade e que tiveram o desempenho divulgado ficaram nos conceitos 1 e 2 —o equivalente a 43,5%. Outros 41,7% dos cursos avaliados nas instituições particulares ficaram com o conceito 3, enquanto 13,4% foram classificados no conceito 4. Apenas 1,5% alcançou o conceito máximo.
Apenas 511 dos 8.188 cursos que tiveram o desempenho divulgado alcançaram o conceito máximo na avaliação —um percentual de 6,2%. A maior parte deles (67%) é de instituições federais de ensino. Outros 18,4% são de instituições privadas.
No que diz respeito ao conceito máximo, cursos das modalidades presencial e a distância tiveram desempenhos semelhantes no Enade. Nas duas modalidades, cerca de 6% dos cursos avaliados chegaram ao conceito 5. Entre os cursos a distância avaliados, no entanto, 51,3% tiveram desempenho ruim (conceitos 1 e 2), enquanto entre os cursos presenciais esse percentual foi de 35%. O Enade é aplicado a cada três anos para os alunos que estão concluindo a graduação (Por Uol).
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