Com reduções nos volumes da maioria dos produtos da extração vegetal e da silvicultura (plantação de florestas para fins comerciais), em 2019 a produção primária florestal na Bahia (soma da extração e silvicultura) apresentou valor de R$ 1,073 bilhão, 8,8% menor do que o registrado em 2018 (R$ 1,178 bilhão), informa o estudo Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2019, divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (15).
Foi o terceiro recuo seguido no valor da produção florestal baiana, que chegou, em 2019, ao seu patamar mais baixo desde 2008 (quando tinha sido de R$ 1,069 bilhão). Entre 2018 e 2019, na Bahia, houve perdas de valor tanto da silvicultura quanto da extração vegetal, mas a retração foi mais expressiva neste último caso.
O valor da extração vegetal no estado ficou em R$ 129,5 milhões em 2019, numa queda de -10,7% em relação ao ano anterior (R$ 145,1 milhões). Apesar do recuo, a Bahia se manteve na 9ª posição no ranking nacional da extração vegetal.
Já o valor da produção das florestas plantadas baianas ficou em R$ 944,4 milhões em 2019. Foi a primeira vez desde 2014 que o resultado ficou abaixo de R$ 1 bilhão. Em relação a 2018 (R$ 1,03 bilhão), houve queda de -8,6%, o que representou menos R$ 88,8 milhões. Apesar da redução, a Bahia segue com o 7º valor gerado pela silvicultura.
No Brasil como um todo, a produção primária florestal apresentou queda após três anos consecutivos de crescimento, chegando a um valor de R$ 19,9 bilhões em 2019, o que representa uma retração de 2,7% frente a 2018.
Esta redução se deu por conta da queda de 5,0% na silvicultura, cujo valor em 2019 foi de R$ 15,5 bilhões. A extração vegetal, por sua vez, apresentou um crescimento de 6,4%, chegando a R$ 4,448 bilhões em 2019. Foi o primeiro avanço no valor da extração vegetal nacional desde 2015.
Apesar das perdas, a Bahia se manteve, em 2019, como o 7º estado em valor da produção primária florestal, respondendo por 5,4% do total nacional. Minas Gerais é o líder, com R$ 4,4 bilhões (22,2% do total). Em seguida vêm Paraná (R$ 3,5 bilhões ou 17,7%) e Pará (R$ 1,7 bilhão ou 8,7%).
Foto: Geison Rezende/ ABAF