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PREÇO DOS ALIMENTOS SOBE E CARNE VERMELHA TEM ALTA DE 26,5%

Redação - 07/10/2020 07:28 - Atualizado 07/10/2020

A alta no preço de alguns alimentos, ultimamente, tem assustado os consumidores. A elevação no preço da carne vermelha é um dos itens que tem chamado a atenção. Com R$ 50 você pode comprar uns quatro quilos de peito de frango, cinco placas de ovo, três quilos de corvina ou apenas um quilo de carne de primeira. Cortes como alcatra, contrafilé e patinho, que no ano passado costumava ser vendido por R$ 24, agora chega a custar, em média, R$ 33. Mas em alguns mercados de Salvador, um quilo desse alimento pode sair por até R$ 50, como indicado no aplicativo Preço da Hora Bahia, do Governo do Estado.

“Esse valor médio de R$ 33 é relativo ao mês de setembro de 2020. Ainda não temos os dados de outubro e pode ser sim que tenha ocorrido um aumento”, explicou Nadia Souza, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Essa instituição pesquisa o preço dos alimentos que compõem a cesta básica em algumas capitais brasileiras e constatou que, em Salvador, do início de 2020 até setembro, o preço da carne vermelha teve um aumento de 26,5%. Segundo informações do Correio, em frigoríficos de Salvador, como no bairro da Boca do Rio, por exemplo, o quilo da carne de primeira estava R$ 40. No bairro vizinho, o Imbuí, o preço era R$ 42.

Além da carne vermelha, outros itens da cesta básica registraram elevações. No acumulado de janeiro a setembro, o preço do óleo de soja subiu 60,5%.  Ainda nesse período, o valor do arroz cresceu 42% e o tomate 85%. Os 12 produtos que registraram alta de preço médio na passagem de agosto para setembro foram: tomate (32,12%), óleo de soja (30,11%), arroz (16,00%), pão francês (11,51%), açúcar cristal (8,19%), carne bovina (6,33%), café em pó (4,71%), leite integral (4,63%), feijão carioquinha (3,70%), farinha de mandioca (2,84%), manteiga (1,82%) e banana (0,42%).

O que explica esses números, tanto para o óleo como para a carne vermelha, são fatores externos. “O dólar está muito caro, o que significa que nossa moeda está desvalorizada e, assim, nosso produto fica mais barato lá fora. Atualmente, temos exportado muito, pois o mercado internacional está reaquecendo. A demanda por exportação está alta, pois é barato comprar do Brasil. Por isso, os produtores preferem vender para o exterior do que no mercado interno”, disse a economista do Dieese.

Foto: iStock

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