O Ministério Público da Bahia (MP-BA) cumpre hoje (17) mandados de busca e apreensão, além de tentar prender Jair Tércio Cunha Costa, líder religioso e ex-grão-mestre de uma loja maçônica na Bahia. O “guru” foi denunciado por violação sexual mediante fraude e estupro, por manter relação sexual com menor de 14 anos.
As denúncias foram feitas à Ouvidoria das mulheres, órgão do Conselho Nacional do Ministério Público, e ao Projeto Justiceiras por 14 mulheres que participavam dos encontros da seita comandada por ele. Ao todo, o MP-BA já contabilizou 300 relatos de crimes cometidos por Jair Tércio.
A denúncia apresentada hoje pelo MP se baseou em investigação que mostrou “veementes indícios de cometimento de crimes de violência de gênero”. De acordo com as apurações, o investigado se autoproclamava um ser iluminado e se inseria em ambientes sociais, onde fazia um trabalho preliminar, rotulado como “despertar do ser humano”, para, então, aproveitando-se da relação de confiança adquirida submeter as vítimas a atos de violência de ordem sexual, moral e psicológica.
A operação conjunta reúne os Grupos de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e de Defesa da Mulher e da População LGBT (Gedem) do MP e da Secretaria de Segurança Pública e Polícia Civil, por meio do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom) e da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam).
Foto: Reprodução / Fantástico