Por: João Paulo Almeida
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve um tombo histórico de 9,7% no 2º trimestre, na comparação com os 3 primeiros meses do ano, devido ao impacto da crise do coronavírus. Entre os segmentos, a maior queda foi na indústria (-12,3%), seguida por serviços (-9,7%).
Em contato com o portal Bahia Econômica o economista da Gerência de Estudos Técnicos da FIEB, Carlos Danilo Almeida explicou que o momento para a maioria dos grandes segmentos da indústria é muito ruim, porém no segundo semestre as coisas tendem a se organizar o setor deve terminar o ano em recuperação.
“De acordo com o IBGE, o segundo trimestre de 2020 foi o pior para a indústria na série histórica iniciada em 1996. A Indústria de Transformação, e a Construção Civil apresentaram forte recuo. Porém, espera-se que o pior já tenha passado e que os bons resultados de importantes segmentos da indústria de transformação, sobretudo na área da agroindústria e do comércio exterior, devem amenizar a queda do PIB neste ano”.
O economista também explica que “na Construção Civil, o processo de recuperação já está em curso, mas o investimento neste segmento é mais lento. No entanto, considerando os juros baixos e possibilidade de melhora no ambiente da economia, espera-se uma recuperação da atividade até o fim deste ano, puxada pelos projetos de investimentos em infraestrutura e pela melhora das expectativas de consumo das famílias. Essa recuperação deve ser lenta, porém constante a partir do final de 3º trimestre”, disse.
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