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EXPORTAÇÕES BAIANAS RECUAM 31,5% NO MÊS DE AGOSTO

Redação - 08/09/2020 16:15 - Atualizado 08/09/2020

Resultado de menores embarques do agronegócio, principalmente de soja e celulose, carros chefe do setor, as exportações baianas tiveram queda de 31,5% em agosto, comparado a igual mês de 2019, a US$ 453 milhões. Na mesma base de comparação, e devido aos impactos na atividade produtiva causados pela crise do coronavírus, as importações caíram 51,6%, atingindo US$ 267,4 milhões. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).

O recuo nas vendas externas do agro já era esperado, com destaque para a redução de 15,6% nos embarques de soja, principal produto da pauta de exportação do estado, após expansão da produção e de seus embarques, entre março e julho, época da colheita e escoamento da safra. O comportamento da commodity segue influenciando a exportação, cujo perfil teve processo de primarização acelerado com a pandemia. Já o setor de papel e celulose, teve queda de 21,6% nos embarques em agosto, afetado pelos estoques mundiais elevados, aliado ao estrago que os baixos preços provocaram nas margens dos produtores, a despeito da desvalorização cambial.

Só em agosto, os preços médios dos produtos baianos vendidos ao exterior tiveram desvalorização de 24,2%, enquanto que no acumulado do ano, a queda chegou a atingir 31,6% em média. O volume embarcado (quantum) teve em agosto recuo de 9,7%, enquanto que no ano, o crescimento ainda é robusto: 36,6%.

Para os outros segmentos da pauta de exportações, houve crescimento na receita em agosto sobre igual mês de 2019, apenas em frutas e suas preparações (23,6%), café e especiarias (53,8%) e minerais (56%), dentre os mais significativos.  Ao passo, que o desempenho negativo, é encabeçado por ordem de importância para soja e seus derivados com queda de 7,4%; papel e celulose (-43,4%); produtos químicos (-36,3%); metais preciosos (-23,1%); produtos metalúrgicos (-66,8%) e algodão e seus subprodutos (-32,5%). No total, dos 19 segmentos acompanhados pela SEI, apenas cinco tiveram desempenho positivo no mês, quando comparados ao mesmo período de 2019. No acumulado do ano, esse grupo sobe para nove segmentos.

 

 

 

 

Foto: Reprodução/Site SEI

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