Em 2019, 1 em cada 10 pessoas na Bahia deixou de realizar suas atividades habituais, como ir ao trabalho ou à escola, fazer ginástica, cuidar da casa etc., em razão de problemas de saúde. Ao todo, 1,407 milhão viveram essa situação, o que representou 9,5% da população – o maior percentual dentre as 27 unidades da Federação, empatado com o de Sergipe.
No Brasil como um todo, 8,1% da população deixaram de realizar suas tarefas habituais por problemas de saúde, nas duas semanas anteriores à entrevista da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Depois de Bahia e Sergipe, o Ceará tinha a terceira maior proporção (9,1% da população). No outro extremo, Mato Grosso (5,6%), Amazonas (6,1%) e Rio de Janeiro (6,9%) tiveram os menores percentuais de população que deixou de realizar atividades habituais por problemas de saúde.
Na Bahia, o percentual de mulheres que deixaram de realizar atividades habituais por motivos de saúde (11,7%, ou 910 mil) foi superior ao de homens na mesma situação (7,0% ou 497 mil). A proporção de pessoas afastadas por problemas de saúde foi maior também entre quem tinha de 40 a 59 anos (12,4%, maior percentual do país) ou 60 anos ou mais de idade (12,1%).
A necessidade de abrir mão de atividades por problema de saúde foi maior ainda entre as pessoas com menor nível de instrução. Entre aqueles que não tinham instrução ou tinham até o ensino fundamental incompleto, 10,7% viveram essa situação em 2019, na Bahia. Não houve uma diferença marcante por cor ou raça nesse indicador, no estado: entre brancos, o percentual ficou em 10,8%; 9,3% entre pardos; e 9,0% entre pretos.
Salvador também estava entre as capitais líderes nesse indicador, com 9,9% da população (285 mil pessoas) deixando de realizar atividades habituais por motivos de saúde, em 2019. Foi o segundo maior percentual entre as capitais, abaixo apenas do verificado em Aracaju (10,0%) e empatado com o de Recife (9,9%). O perfil dos que mais precisaram parar suas atividades por problema e saúde em Salvador foi bem parecido com o da Bahia em geral.
Essa situação foi vivida mais pelas mulheres (por 12,0% delas, frente a 7,4% os homens); foi bem mais frequente entre idosos (por 14,5% das pessoas de 60 anos ou mais); um pouco mais frequente entre brancos (11,3%) do que entre pardos (10,0%) e pretos (9,1%); e mais comum também entre os menos escolarizados (vivida por 11,7% dos que não tinham instrução ou nem concluíram o ensino fundamental).
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