O consumo das famílias, que é responsável por dois terços do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda recorde de 12,5% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano impactado pelas medidas de distanciamento social adotadas para conter a disseminação da covid-19. “O consumo das famílias não caiu mais porque tivemos programas de apoio financeiro do governo. Isso injetou liquidez na economia. Também houve um crescimento do crédito voltado às pessoas físicas, que compensou um pouco os efeitos negativos”, disse Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
O auxílio emergencial foi criado para atender trabalhadores informais e desempregados durante a pandemia do novo coronavírus. Segundo a Caixa Econômica Federal, o programa atende 67,2 milhões de beneficiários e pagou – até 31 de agosto – R$ 184,6 bilhões. Dos que têm direito a receber a ajuda do governo, 19,2 são do cadastro do Bolsa Família, 10,5 milhões são do Cadastro Único do Governo e 37,5 milhões foram aprovados após inscrição no aplicativo ou pelo site. 113,3 mil pessoas aguardam reanálise para receber a ajuda. Mas nem essa ajuda foi suficiente para conter as perdas no consumo, que teve impacto negativo também dos serviços prestados às famílias e do mercado de trabalho.
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