O aumento dos gastos públicos decorrente da pandemia do novo coronavírus fez o Tesouro Nacional aumentar os limites de endividamento para este ano. Segundo a revisão do Plano Anual de Financiamento (PAF), divulgada hoje (28), a Dívida Pública Federal (DPF) poderá fechar 2020 entre R$ 4,6 trilhões e R$ 4,9 trilhões.
O PAF original, divulgado no fim de janeiro, previa que a DPF deveria encerrar o ano entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,75 trilhões. De acordo com a Agência Brasil, o Tesouro explica que a elevação foi necessária porque o governo tem emitido títulos públicos para financiar os gastos extras com as medidas de alívio à crise econômica e as ações de saúde na pandemia.
“O inevitável aumento da necessidade de financiamento do governo federal representa o principal impacto para a dívida pública federal, em um ano marcado pela pandemia da covid-19 e seus efeitos na economia brasileira. A estratégia de financiamento do PAF, assim, se ajusta para comportar espaço para maior volume de emissões totais, levando ao deslocamento para cima dos limites indicativos para o estoque da dívida”, destacou o Tesouro em nota.
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