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DESEQUILÍBRIO CAUSADO POR ÓLEO PODE DURAR 10 ANOS

Redação - 30/08/2020 16:00 - Atualizado 30/08/2020

Quase um ano após a chegada do óleo nas praias da Bahia, Francisco Kelmo, diretor do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ibio/Ufba), afirmou que o acidente provocou um grande desequilíbrio ecológico em algumas praias, e que só deve ser revertido em no mínimo 10 anos.

“Para que haja uma recuperação plena, a gente estima no mínimo 10 anos. Isso se não houver nenhum fenômeno de grande escala que venha prejudicar a recuperação desses organismos”, disse ao G1.

Ainda de acordo com o diretor, em relação a biodiversidade marinha, houve uma redução considerável. A perda chegou a 80%.
“Antes da chegada do óleo, em abril de 2019, nós tínhamos um número médio aproximado de 88 espécies diferentes a cada 35 m² de praia. Em outubro, com a chegada da macha de óleo, esse número caiu para 47. Depois do carnaval, de 47 passou para 17″, contou.

Na Bahia, as manchas começaram a ser registradas em outubro de 2019, quase um mês após o início do problema no país. Ao todo, as manchas atingiram nove estados do Nordeste e dois do Sudeste, totalizando 130 municípios.

Em Salvador, segundo a Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb), as praias atingidas pelas manchas de óleo foram: Barra, Ondina, Rio Vermelho, Amaralina, Pituba, Jardim dos Namorados, Jardim de Alah, Boca do Rio, Patamares, Piatã, Itapuã, Stella Maris, Praia do Flamengo, Ipitanga e Jaguaribe e Pedra do Sal (Stella Maris).

Ainda de acordo com a Limpurb, 139,581 toneladas de óleo foram retiradas das praias até este ano.

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