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ESPECIALISTA APONTA SETORES QUE CRESCERAM NA PANDEMIA

Redação - 26/08/2020 13:00 - Atualizado 26/08/2020

Após o impacto negativo sofrido pela maioria das empresas em virtude da pandemia do coronavírus, a Receita Federal identificou uma reação positiva das vendas no mês de junho, que atingiram o maior patamar do ano, superando, inclusive, a porcentagem do mesmo mês em comparação ao ano passado, de forma que se apurou uma equivalência das vendas entre 2019 e 2020.

O tributarista e especialista no mercado financeiro, Eliézer Marins, revela que isso é resultado de alguns setores da economia que cresceram como consequência da quarentena e do isolamento social: “um grupo de empresas, além de obviamente aquelas que fabricam máscaras e álcool gel e luvas, tão necessários nesse momento, experimentou crescimento econômico ou estabilidade na crise. Cito como exemplos o setor de construção civil, de informação e comunicação, de supermercados, vestuário feminino, roupa íntima e farmácias não foram tão atingidos pela adversidade da pandemia, conseguindo manter o volume de vendas de produtos ou serviços, ou até mesmo elevá-los, principalmente com base nas compras públicas feitas pelos governos a fim de atender às necessidades da população e a injeção de recursos através das medidas de combate ao novo coronavírus, bem como o programa de auxílio emergencial, que representou mais de 98 bilhões de reais a mais em circulação”.

O método utilizado para constatar o crescimento destes setores, segundo o especialista, foi o registro, realizado por meio de notas fiscais eletrônicas e que retrata a economia real, indicando, dessa forma, o início de uma recuperação significativa, pois reverteu o cenário da queda brutal observada no mês de abril.

Eliézer Marins também ressalta que há um novo normal, com a mudança de hábitos do consumidor, que passou a movimentar a economia através de produtos e serviços digitais. “Dados da Receita Federal mostram que o comércio eletrônico foi meio principal de compras e aquisição de bens e serviços durante a pandemia. Logo, as compras que deixaram de ser realizadas presencialmente, migraram para o e-commerce.  Com os novos hábitos estão sendo criados durante a pandemia, a tendência é que as lojas virtuais, dropshipping e vendas eletrônicas em geral cresçam cada vez mais”, explica.

Entretanto, Marins ressaltou que ainda serão necessárias muitas outras medidas e mais tempo para retomar a trajetória de crescimento da economia, embora a reversão tenha sido importante: “a pandemia ainda não passou e existem ainda muitas restrições, mas enquanto alguns setores infelizmente amargaram enorme prejuízo, como restaurantes, entretenimento e lojas de shopping center, outros experimentaram um crescimento jamais visto. Com o tempo, as coisas devem se estabilizar, assim como novas oportunidades de empreendimentos devem surgir com esse novo normal no que diz respeito aos hábitos do consumidor.”

 

Reprodução / MF Press Global

 

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