Levantamento realizado pela CNC e Fecomércio-BA apontou que o varejo baiano sofreu contração de -6,37 mil pontos de venda no segundo trimestre deste ano. Todos os estados brasileiros registraram diminuição no número de pontos de venda no período. A Bahia (-6,37mil) ocupa a 6ª posição em perdas no Brasil, sendo antecedida por São Paulo (-40,43 mil), Minas Gerais (-16,13 mil), Rio de Janeiro (-11,37 mil), Rio Grande do Sul (-9,69 mil) e Paraná (-9,48 mil). No Nordeste, o varejo baiano lidera o ranking de lojas fechadas, seguido de Pernambuco (-4,25mil) e Ceará (-3,35mil).
A crise provocada pelo novo coronavírus fez com que o Brasil perdesse um total de 135 mil lojas – pontos de venda com vínculos empregatícios – entre abril e junho de 2020. O número corresponde a 10% do total de estabelecimentos verificado antes da pandemia e supera a perda anual registrada em 2016, que foi de 105,3 mil lojas. Naturalmente os segmentos mais atingidos no Brasil por essa crise se caracterizam pela predominância na comercialização de itens considerados não essenciais como, lojas de utilidades domésticas (-35,3 mil estabelecimentos); vestuário, tecidos, calçados e acessórios (-34,5 mil lojas); e comércio automotivo (-20,5 mil). O varejo de produtos de informática e comunicação foi o segmento a registrar as menores perdas absolutas (-1,2 mil) e relativas (-3,6%) no número de estabelecimentos em operação.
Já em alguns ramos do chamado varejo essencial, diretamente menos afetados pelo isolamento social, o fechamento de pontos de venda se deu de forma menos intensa do que a média do setor (-9,9%), em sua maioria. É o caso dos hiper, super e minimercados (-4,9%) e das farmácias; perfumarias e lojas de cosméticos (-4,3%). Mesmo autorizado a funcionar na maior parte do País, o ramo de combustíveis e lubrificantes se viu indiretamente prejudicado pela queda na circulação de consumidores (-12,2%).
“As vendas presenciais, historicamente a principal modalidade de consumo, tiveram o volume muito reduzido neste período”, afirma José Roberto Tardos, presidente da CNC, ressaltando que, “apesar do grave quadro conjuntural no segundo trimestre, o ritmo de recuperação das vendas no comércio tem surpreendido positivamente, impulsionado por fatores como a intensificação de ações de venda via e-commerce”, pontua ele. A Confederação projeta recuo de 6,9% no volume de vendas do setor. Levando-se em conta esse cenário a expectativa da entidade é de que o varejo brasileiro chegue ao final deste ano com 1,252 milhão de estabelecimentos com vínculos empregatícios – menos 88,7 mil, na comparação com final de 2019.
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