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PIX VS WHATSAPP: COMPARE OS ‘SUBSTITUTOS’ DO TED E DOC

Redação - 24/08/2020 07:40 - Atualizado 24/08/2020

O PIX e o WhatsApp Pay são métodos de pagamentos que podem representar uma substituição aos tradicionais TED e DOC pela concorrência, rapidez e praticidade dos serviços de transação de dinheiro. O PIX, com a proposta de ser um recurso de transferências instantâneo e mais barato, surge para competir com as opções do mercado e já tem data de lançamento anunciada. O WhatsApp Pay, apesar do bloqueio e suspensão pelo Banco Central em junho, ganhou permissão para iniciar testes em território nacional no fim de julho, mas ainda não tem previsão de estreia no Brasil.

  1. O que é?

O WhatsApp Pagamentos é uma ferramenta do mensageiro para transferências de valores pelo próprio aplicativo para Android e iPhone (iOS). Com o recurso, usuários podem enviar e receber dinheiro em conversas pelo app, bem como efetuar pagamentos de compras realizadas por contas comerciais no WhatsApp Business. O serviço é gratuito para contas pessoais e o WhatsApp não cobra taxas pelas transferências — ele apenas impõe limites de valores e quantidade de transações por dia ou mês. Já para contas comerciais não há limite no número de pagamentos, mas há a cobrança de uma taxa fixa de 3,99% para processamento de vendas.

O PIX é um novo sistema para pagamentos do Banco Central cuja proposta é ser uma ferramenta para transações instantâneas e disponível 24h por dia, incluindo finais de semana e feriados. O recurso deve substituir as transferências via TED e DOC pela praticidade e rapidez, já que funciona independentemente dos horários habituais dos bancos. As transferências poderão ser realizadas entre pessoas físicas e jurídicas, e a nova modalidade de pagamentos não requer download de aplicativos para funcionar, sendo disponibilizada pelos softwares das próprias instituições financeiras e de pagamento. Ou seja, o PIX deve ser implementado no Internet Banking do banco de que você é correntista.

  1. Quando serão lançados?

Segundo calendário divulgado pelo Banco Central, 5 de outubro começam os cadastros e registros das chaves PIX, uma espécie de senha necessária para fazer e receber transações com a forma de pagamento. A partir de 3 de novembro, o novo modelo será iniciado de maneira restrita, e o serviço ficará disponível para a população brasileira em 16 de novembro.

A liberação do WhatsApp Pay no Brasil foi anunciada dia 15 de junho e, oito dias após o lançamento, o Banco Central suspendeu a ferramenta sob a alegação de “preservar um adequado ambiente competitivo” e que, com a medida, seria capaz de “avaliar eventuais riscos”, já que a continuidade do serviço sem autorização poderia gerar “danos irreparáveis”.

No final de julho, Mastercard e Visa confirmaram que o recurso de pagamentos do WhatsApp obteve permissão para realizar testes em território nacional. Entretanto, desde a suspensão do recurso de pagamentos pelo Banco Central, o WhatsApp Pay não possui data prevista de lançamento para usuários no país, já que depende de autorização da instituição financeira.

  1. Taxas, horário de disponibilidade e velocidade de transação

O WhatsApp Pay é gratuito e a ferramenta não cobra taxas por transferências via cartão de débito, nem tarifas sobre pagamentos no débito ou crédito enviados a comerciantes com empresas no WhatsApp Business. Já para empresas que usarem a solução de pagamentos, há a cobrança de uma taxa fixa de 3,99% por transação recebida pela plataforma.

Para comerciantes no WhatsApp Business, além da conta no Facebook Pay, é necessário ter uma conta Cielo para processar pagamentos de clientes. Sendo assim, a quantia é recebida pela conta Cielo e transferida depois para a conta de recebimento. O processamento pode levar cerca de dois dias úteis.

O PIX é um serviço de transferências mais barato que TED e DOC para as instituições financeiras, porém o custo das transações, como e se elas serão repassadas aos clientes, ficará a cargo dos próprios bancos. Ainda assim, o Banco Central afirma que irá monitorar eventuais cobranças abusivas.

As transferências feitas pelo PIX podem ser realizadas a qualquer hora e em qualquer dia da semana, incluindo sábados, domingos e feriados, sem interrupção. O pagamento cai na conta do recebedor quase que instantaneamente, levando em média três segundos para compensar o valor.

  1. Quem pode usar?

O PIX pode ser utilizado tanto por pessoas físicas quanto jurídicas, desde que possuam conta-corrente, poupança ou pré-paga em uma das instituições participantes. No WhatsApp Pay, usuários de contas pessoais precisam configurar um cartão de débito vinculado a uma conta bancária em uma das instituições parceiras no Facebook Pay para receber transações entre pessoas físicas. Já para contas comerciais no WhatsApp Business, é necessário conectar uma conta Cielo associada ao CPF ou CNPJ para receber os pagamentos efetuados por clientes.

  1. Quais as formas de pagamento?

No PIX, mais de 900 instituições estão em processo de adesão ao novo meio de pagamento. Dentre elas, estão bancos como o Bradesco, Santander, Itaú, Banco do Brasil e Banco Original, além de fintechs como o Neon, Nubank, C6 e Banco Inter. Com o WhatsApp Pay, as transferências de dinheiro podem ser realizadas por cartões de débito, e os pagamentos podem ser efetuados por cartões de débito, crédito ou cartões múltiplos de bandeira Visa ou Mastercard, emitidos pelas instituições financeiras representadas pelo Banco do Brasil, Nubank e Sicredi, incluindo a conta digital Woop.

  1. Como é a segurança?

O WhatsApp não pode oferecer criptografia de ponta-a-ponta para os dados de pagamento dos usuários porque essas informações precisam ser repassadas para as instituições financeiras parceiras. Ainda assim, o mensageiro afirma que todos os dados são sigilosos e protegidos por camadas de segurança, e que as informações entre o celular do usuário e os servidores do WhatsApp são criptografadas.

Além disso, o PIN do Facebook Pay também agrega mais uma proteção à ferramenta e, para enviar dinheiro, também é necessário verificar o cartão em uso. O Facebook recomenda não compartilhar com terceiros informações como o código de verificação e de confirmação do WhatsApp e senha do Facebook Pay. Também é recomendado ativar a confirmação em duas etapas no mensageiro.

No PIX, as informações e dados pessoais são protegidas por sigilo bancário, e o Banco Central afirma que o tratamento dos dados de transações serão criptografados pelas instituições, da mesma forma como acontece com os meios tradicionais de pagamento como TED e DOC.

Foto: divulgação

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