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OTTO ATACA GUEDES E DIZ QUE SERVIDORES DA SAÚDE MERECEM REAJUSTE

Redação - 21/08/2020 13:00 - Atualizado 21/08/2020

O senador Otto Alencar (PSD-BA) criticou o posicionamento do governo federal de vetar a concessão, até 2021, de reajustes salariais a servidores públicos que estão na linha de frente no combate ao coronavírus. Na avaliação do parlamentar, a medida é essencial para trabalhadores que estão se arriscando no combate da doença no país. Em maio, Bolsonaro sancionou o projeto que prevê ajuda financeira de R$ 60 bilhões a estados e municípios, mas houve um veto no aumento salarial de servidores da Saúde e Segurança Pública.

O texto especificava que os recursos para bancar esse reajuste não poderiam vir da União. Na prática, governos estaduais e prefeituras que quisessem dar aumento teriam de usar dinheiro próprio.O projeto não concedia reajuste de forma automática e sim autorizava que estados e municípios pudessem fazer caso quisessem, com aprovação em cada âmbito legislativo. Para Otto, o governo apostou na desinformação. “O que esse destaque diz é que os governadores, governo federal e municípios, se quiserem dar uma gratificação e complementação salarial, podem dar. Apenas altera aquele artigo que foi aprovado nesse projeto que o David [Alcolumbre] relatou de socorro a estados e municípios, que dizia que não podia dar nada. É para uma gratificação a quem está no enfrentamento da Covid-19”, disse o senador, em entrevista a Rádio Metrópole.

Otto citou o ministro da Economia, Paulo Guedes, e disse que o chefe do setor econômico do governo Bolsonaro mentiu ao dizer que o dispositivo traria um rombo de R$ 130 bilhões. “Guedes disse que era um crime e que o Senado errou. Não, o Senado não errou absolutamente. A matéria foi aprovada no Congresso, na Câmara e no Senado. Bolsonaro vetou numa avaliação equivocada, inclusive com uma mentira deslavada, dizendo que isso ia ter em torno de R$ 130 bilhões”, declarou.

“Os cálcuols mais extravagantes, dariam R$ 8 ou 10 bilhões no ano de 2021. Eles se esqueceram que estamos em período eleitoral no município. O prefeito de hoje não pode dar aumento seis meses antes da eleição em hipótese nenhuma. Não pode programar para 2021 um aumento de salário. Só pode aquele que assumir depois, mandar para a Câmara se desejar ou não, ou o governador mandar. Ou seja, apenas não vedava a gratificação aos profissionais de saúde. Foi uma grande mentira o que eles fizeram”, acrescentou.

Otto também comentou o posicionamento do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que saiu em defesa do veto, inclusive com discurso no plenário. “Distorceram completamente tudo. Lamento a posição do presidente, lamento mas respeito. Ele não explicou direito, na verdade, o que estava contido no destaque do que foi aprovado no Senado”, afirmou o senador baiano, que cogita uma convocação do ministro para dar esclarecimentos. “Iríamos aprovar um requerimento convocando ele ao Senado. Seria um convite, mas acho que ele não iria comparecer, para que ele possa demonstrar onde está esse aumento de R$ 130 bilhões. Ele brigou com a verdade e faltou com a verdade nesse quesito, atribuindo ao Senado Federal”, finalizou.

Foto: divulgação

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