Mais de 400 resgates de animais silvestres foram contabilizados pelos agentes do Grupo Especial de Proteção Ambiental (GEPA) da Guarda Civil Municipal (GCM) durante a pandemia. De março a julho, foram 442 resgates, o que representa um aumento de mais de 100% em relação ao mesmo período de 2019, quando foram resgatados 210. Um dos quatro fatores apontados para esse crescimento pelo supervisor interino do GEPA, André Ferreira, é o isolamento social e o fato de algumas áreas terem deixado de ser frequentadas, a exemplo de trilhas e praias.
Os outros três fatores apontados por ele são o crescimento imobiliário, a construção de novas pistas na cidade, o fato de ter chovido muito de março a julho e mais conhecimento da população em relação às ações do GEPA. “Antes, as pessoas não sabiam a quem recorrer e agora elas estão tendo acesso ao nosso número de telefone e estão ligando mais. Nós recebemos uma média seis ligações por dia”, diz.
Em Salvador, os animais mais resgatados em vias urbanas e áreas residenciais são as serpentes (30% do total), saguis, iguanas e gambás. Mas também são resgatados corujas, gaviões, tamanduás, ouriços, bichos-preguiça, tartarugas e jacarés. As serpentes são encontradas em toda a cidade, mas as peçonhentas aparecem mais comumente na região da Praia do Flamengo e Stella Maris. É comum o resgate de jararaca nesses bairros e o de cobra-coral na região de Narandiba. O sagui, gambá e a iguana também são encontrados em toda a cidade.
O jacaré é encontrado na região da Paralela e Pituaçu (por conta dos resquícios de lagoa e do crescimento imobiliário) e também na Suburbana. Já as raposas são mais frequentes no bairro de Mussurunga.
Ao avistar algum animal silvestre em área urbana, a recomendação é que o cidadão entre em contato com o GEPA por meio do telefone (71) 3202-5312. A população não deve tentar pegar o animal ou estabelecer algum tipo de contato. Por se tratar de animais selvagens que não têm contato direto com o homem, eles podem provocar um acidente.
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