Durante visita a obras de uma policlínica em construção no bairro de Narandiba, em Salvador, o governador Rui Costa (PT) afirmou que a gestão estadual aguarda a chegada de documentação de laboratórios da China e da Rússia para dar entrada no pedido de autorização para testagem de vacinas contra o novo coronavírus na Bahia. O início dos testes dependerá do aval da Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) e da Anvisa (Agência Nacional de Saúde).
Entre os processos já adiantados está o da vacina desenvolvida pela norte-americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech, por meio do qual 1.000 voluntários das Obras Sociais de Irmã Dulce (Osid) serão submetidos a testes —o que só se dará na última etapa da pesquisa, quando são avaliadas a segurança e a eficácia da possível imunização.
“Nós temos já um processo de implantação e de testagem da Pfizer, que está fazendo junto com [as Obras Sociais de] Irmã Dulce. O instituto funciona lá em Irmã Dulce, pegando voluntário do hospital. Já formalizamos há duas semanas com a China. Tem duas vacinas que eles também estão entrando na fase três, e a nossa parceria é para contribuir para que possamos agilizar essa fase três das duas vacinas. Essa semana devemos receber todo o material. Vamos hoje enviar o documento para a embaixada russa. E essa semana devemos receber essa documentação da China”, informou o governador em coletiva de imprensa.
Na entrevista, o governador pediu que os meios de comunicação esclareçam para a população que ainda não se trata de uma convocação para uma campanha de vacinação. “O que nós estamos fazendo é pesquisa. Não é vacinação”, disse. “Quem autoriza que seja feito por instituição pública ou privada teste de vacina no Brasil são duas entidades. Uma é o Conselho Nacional de Ética e Pesquisa. Ele recebe toda a documentação e analisa as outras fases de testes, vê se foi tudo ok e autoriza ou não fazer os testes no Brasil. E, paralelo ao Conselho Nacional de Ética e Pesquisa, é submetido à Anvisa, que também analisará os documentos e aprovará ou não a realização dessa pesquisa. Só depois que esses dois órgãos nacionais aprovarem, aí nós estaremos autorizados a fazer essa testagem”, explicou o chefe do Executivo estadual.
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