DEPUTADOS COMENTAM ESCOLHA DE BARROS PARA LIDERAR GOVERNO

Parlamentares baianos reagiram a uma troca de comando importante dentro do Congresso Nacional. O presidente Jair Bolsonaro decidiu tirar o Major Vítor Hugo (PSL) do posto de líder de governo na Câmara dos Deputados e nomear Ricardo Barros (PP). O coordenador da bancada baiana no Congresso Nacional, Marcelo Nilo (PSB), afirmou que a mudança é um problema secundário e que há outras questões problemáticas a serem debatidas antes.

Para o deputado baiano, a dança das cadeiras na Casa não deve trazer grandes alterações para a rotina do legislativo. “Para mim isso é um problema secundário. O problema não é na liderança de governo, é na Presidência da República. O problema é o presidente, não é o líder. Qualquer líder não vai conseguir tocar o barco para a frente, porque o presidente não ajuda. Mudança de líder não ajuda”, declarou.

Nilo também critica os acenos que Bolsonaro tem feito ao chamado “centrão”. “O presidente dizia que não aceitava o centrão de jeito nenhum, que era fisiológico. Os conselheiros dele passaram a ser Valdemar da Costa Neto, Roberto Jefferson… São pessoas que ele não aceitava nem conversar”, ressaltou. Já a deputada federal baiana Alice Portugal (PCdoB) avaliou que o novo líder de governo na Câmara deverá ter uma atuação mais polida que o parlamentar anterior que ocupava o cargo. No entanto, não crê em uma mudança conceitual no governo Bolsonaro – apesar do recuo do chefe do Executivo, que tem evitado tensões políticas.

“Ele é um deputado experiente, que já foi ministro e líder várias vezes. Isso, evidentemente, nos dá a possibilidade de ter alguém que compreenda a linguagem da política. Mas acredito que a experiência dele a serviço dele a um governo dessa natureza não terá largo alcance”, avaliou. Segundo a comunista, a escolha do novo líder é mais um aceno de Jair Bolsonaro ao centrão. “Bolsonaro é imutável. O centrão está dando lustro. A extrema direita eclodiu o ovo da serpente”, alfinetou. “É um governo temerário, muito difícil de acertar”. Alice também acredita que a oposição precisa ter uma atuação mais ativa contra o governo federal. “A oposição tem que fortalecer e erguer a sua face. Temos sidos flexíveis na pandemia e aprovamos matérias da melhor qualidade e Bolsonaro vetou”.

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