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RÚSSIA REGISTRA A PRIMEIRA VACINA CONTRA COVID-19 DO MUNDO, ANUNCIA PUTIN

Redação - 11/08/2020 06:50 - Atualizado 11/08/2020

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nesta terça-feira que o país registrou a primeira vacina do mundo contra o novo coronavírus. O ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, disse que o imunológico mostrou eficácia e segurança. “Esta manhã, pela primeira vez no mundo, uma vacina contra o novo coronavírus foi registrada”, disse Putin durante uma videoconferência com integrantes do governo exibida pela televisão. “Sei que é bastante eficaz, que proporciona imunidade duradoura”, acrescentou.

O presidente ainda informou que uma de suas filhas foi vacinada contra a COVID-19. “Uma das minhas filhas tomou esta vacina. Acho que ela participou nos experimentos”, disse Putin, segundo a agência Interfax, antes de acrescentar que ela teve um pouco de febre e “nada mais”. A vacina será distribuída em 1 de janeiro de 2021, de acordo com o registro nacional de medicamentos do ministério da Saúde, consultado pelas agências de notícias russas.

Nas semanas prévias ao anúncio, cientistas estrangeiros expressaram preocupação com a rapidez da criação de uma vacina deste tipo, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu respeito às diretrizes estabelecidas e que a Rússia seguisse “todos os estágios” necessários para desenvolver uma vacina segura.

A Rússia não publicou nenhum estudo ou dado científico sobre os testes que realizou. Não se conhecem os detalhes sobre as fases do processo, que geralmente devem ser cumpridos antes de uma nova vacina ser aprovada e lançada no mercado. Segundo o presidente Putin, no entanto, a vacina russa é “eficaz”, passou em todos os testes necessários e permite obter uma “imunidade estável” contra o COVID-19.

As agências internacionais informam ainda que o presidente russo afirmou que uma de suas filhas já tomou a vacina. Suas filhas são Maria, de 35 anos, e Ekaterina, 34. As agências não souberam informar qual delas teria tomado a vacina. Há uma semana, o Kremlin anunciou que iniciaria em outubro um projeto de vacinação em massa contra o coronavírus. Segundo informou no último dia 4 o ministro da Saúde, Mijail Murahkko, depois de completar “ensaios clínicos”, o país realizará registros e começará a produção da dose para iniciar em dois meses a vacinação em massa.

“A primeira vacina contra o coronavírus, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, completou seus ensaios clínicos e agora estão sendo preparados os documentos para o procedimento de registro”, antecipou Murashko há uma semana.

Foto: SPUTNIK / REUTERS

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